Depois de mais de três anos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira (5) o fim da emergência sanitária global para pandemia de covid-19. Saiba mais no vídeo acima.
A informação foi dada em nota e confirmada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, em coletiva de imprensa. Isso significa que a doença não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), o mais alto alerta da organização, título que o novo coronavírus recebeu no final de janeiro de 2020.
De acordo com a entidade, o vírus agora é um problema estabelecido e contínuo. A covid-19, no entanto, permanece com o status de pandemia, nomeação que a doença recebeu em março de 2020.
Para a organização, o fim da emergência global não significa que ações de longo prazo para o gerenciamento da doença deixam de ser necessárias. Para conferir o que muda na prática, confira as perguntas e respostas abaixo.
Embora reconhecendo as incertezas remanescentes representadas pela evolução potencial do vírus causador da covid-19, o Comitê de Emergência Internacional aconselhou que é hora de fazer a transição para o gerenciamento de longo prazo da pandemia, diz nota publicada pela OMS.
A pandemia acabou?
Não. Segundo a OMS, a covid-19 continua com o status de pandemia. O que acabou foi o alerta máximo da organização para a doença, que foi estabelecido pelo Comitê de Emergência da entidade em janeiro de 2020.
O grupo se reunia a cada três meses para avaliar a situação global do novo coronavírus e, após o encontro na quinta-feira (4), votaram para retirar o alerta mais alto. Veja o que foi avaliado para retirada do alerta:
- Era um evento extraordinário
- Era um risco de saúde pública para outros países por meio da disseminação internacional
- Potencialmente requeria uma resposta internacional coordenada.
O comitê reconheceu que embora o Sars-Cov-2, o novo coronavírus, continue circulando e evoluindo, não é mais um evento incomum ou inesperado. O diretor-geral da organização concordou com a decisão.
“Entretanto, isso não significa que a covid-19 chegou ao fim enquanto ameaça global de saúde. Na semana passada, a doença clamava uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes das quais nós temos conhecimento”, completou Tedros Adhanom.
O que muda com o fim do alerta?
Com o fim do alerta, a OMS mudam as recomendações para gerenciar o novo coronavírus, pensando no longo prazo e entendendo a doença como um problema de saúde contínuo. Os países também não têm mais o compromisso legal de responder rapidamente à doença.
A covid-19 acabou?
Definitivamente não. Na coletiva de imprensa, o diretor-geral destacou que a covid-19 continua tirando uma vida a cada três minutos.
Ele observou que o número de mortes e hospitalizações relatadas semanalmente continua a diminuir, mas expressou preocupação com o acesso desigual a intervenções de saúde que salvam vidas.
Não precisa mais tomar vacina?
Precisa. Uma das novas recomendações da OMS, para essa fase fora do alerta máximo, é "integrar a vacina contra a covid-19 nos programas de vacinação ao longo da vida".
No Brasil, para este ano, o planejamento do Ministério da Saúde contra o novo coronavírus envolve a imunização de grupos de risco com dose de reforço para covid-19, com vacinas bivalentes.