A filha do piloto da aeronave que transportava a cantora Marília Mendonça e que caiu na cidade de Piedade de Caratinga (MG) entrou com uma ação judicial contra a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais).
O acidente ocorreu em 5 de novembro. Na ocasião, os cinco ocupantes do avião morreram – incluindo Marília e o piloto, Geraldo Martins de Medeiros Júnior.
Segundo Vitória Medeiros, a filha de Geraldo, a ação é motivada pela falta de sinalização em uma torre de transmissão de energia elétrica nas proximidades da pista de pouso do aeroporto de Ubaporanga (MG), que seria o destino da viagem.
Desde o acidente, a Cemig assegura que a torre está no local correto – ou seja, fora da zona de proteção do aeroporto.
No entanto, nas últimas semanas, especialistas apontaram problemas na sinalização para chamar a atenção dos pilotos, como bolas laranjas que são presas nos fios.
A falta de sinalização é justamente a alegação da ação de Vitória, que deve ser protocolada nos próximos dias. Houve uma colisão do avião com os fios, mas o caso ainda está sob investigação.
Os destroços da aeronave, Beechcraft King Air, prefixo PT-ONJ, foram levados ao Rio de Janeiro, para análise de técnicos do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Os motores foram para São José da Lapa (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte.
Os especialistas querem entender o motivo de um voo tão baixo no momento do acidente. A investigação incida que a aeronave estava abaixo da altitude ideal para aterrissar, e quer apurar se houve pane.