FBI investiga aparente nova tentativa de assassinato contra Trump

Agente do Serviço Secreto abriu fogo na direção de suspeito armado com AK-47 do lado de fora de clube de golfe que pertence ao republicano. Trump foi retirado às pressas do local e está seguro, segundo campanha.

Por Deutsche Welle

Ferido em um atentado em julho, o republicano Donald Trump foi aparentemente alvo de uma nova tentativa de assassinato neste domingo (15/09) quando jogava golfe em uma de suas propriedades no estado americano da Flórida.

Um agente do Serviço Secreto abriu fogo na direção de um homem armado com um fuzil de assalto AK-47 do lado de fora da propriedade. O suspeito tentou fugir, mas foi capturado. Trump foi retirado às pressas do campo de golfe e levado para um local seguro.

De acordo com os primeiros relatos na imprensa americana, Trump estava jogando golfe no Trump International Golf Course, em Palm Beach, por volta de 13h30 no horário local (14h30 em Brasília) quando um agente do Serviço Secreto viu um cano de fuzil saindo da cerca viva da propriedade, a cerca de 400 metros ou um buraco do campo à frente de onde o ex-presidente jogava.

O agente então abriu fogo na direção de um homem que empunhava o fuzil. O suspeito então fugiu num veículo Nissan preto, mas acabou sendo capturado pouco depois pela polícia local. Sua identidade não foi revelada. Segundo a polícia local, agentes de segurança encontraram um fuzil AK-47 e uma câmera GoPro no local onde o suspeito estava de tocaia junto à cerca.

"O pessoal do Serviço Secreto abriu fogo contra um atirador. Não temos certeza se o indivíduo conseguiu atirar em nossos agentes", disse um agente do Serviço Secreto.

Ainda de acordo com a polícia local, o suspeito aparentou "calma" quando foi preso e não tinha nenhuma arma no veículo. Várias vias da região foram bloqueadas por agentes de segurança.

Ainda segundo as autoridades locais, Trump foi retirado do campo de golfe após o alerta e levado para a sede do clube, que fica a cerca de 8 quilômetros da residência do republicano em Mar-a-Lago.

Em um e-mail enviado pouco depois para doadores, Trump afirmou que estava "seguro e bem". "Houve tiros na minha vizinhança, mas antes que os rumores comecem a sair do controle, eu queria que você ouvisse isso primeiro: eu estou seguro e bem!", dizia o e-mail. "Nada vai me deter. Eu nunca me renderei! Eu sempre amarei vocês por me apoiarem."

Pouco depois, o FBI, a polícia federal americana, confirmou que está investigando "uma aparente tentativa de assassinato" contra Trump.

“O FBI respondeu a [um chamado em] West Palm Beach, na Flórida, e está investigando o que parece ser uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente Trump”, disse a agência em um comunicado.

Em uma nota divulgada pela Casa Branca, o presidente Joe Biden e a vice-presidente Kamala Harris — adversária de Trump na eleição presidencial americana — disseram-se "aliviados" ao saber que o republicano está "são e salvo".

"O presidente e o vice-presidente foram informados sobre o incidente de segurança no Trump International Golf Course, onde o ex-presidente Trump estava jogando golfe. Eles estão aliviados em saber que ele está seguro", disse a Casa Branca em comunicado.

O candidato republicano à Presidência dos EUA já havia sido alvo de um atentado a tiros em julho, enquanto discursava em um comício num campo aberto em Butler, na Pensilvânia. Na ocasião, Trump sofreu ferimentos leves. O atirador foi morto. Um espectador do comício acabou sendo morto pelo agressor. À época, as falhas na segurança provocaram fortes críticas contra o Serviço Secreto, e então diretora do órgão acabou pedindo demissão.

jps (ots)

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