Favorito para diplomacia de Trump já criticou Lula e é visto como anti-China

Marco Rubio é considerado um "falcão" na área de política externa

Da Redação

Marco Rubio é o favorito para ser Secretário de Estado dos EUA
REUTERS/Go Nakamura/File Photo

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, deve escolher Marco Rubio como seu novo Secretário de Estado, cargo que equivale ao de Chanceler no Brasil, ou seja, o chefe da diplomacia do país. Segundo os jornais The New York Times e The Washington Post, o senador do estado da Flórida é o atual favorito para o cargo. Mas quem é o político que é visto como um “falcão” da política externa?

Filho de imigrantes cubanos, que fugiram do regime de Fulgencio Batista, Rubio nasceu em Miami e foi eleito senador pela Flórida em 2011 e desde então já atuou em diversas comissões da casa, entre elas a de Relações Exteriores. Antes disso, ele havia servido como membro da Câmara de Representantes de 2000 a 2008.

O político é considerado linha-dura no que diz respeito à política externa e é chamado de “intervencionista" por opositores. Ele é sobretudo bastante agressivo no quis diz respeito ao crescimento da economia chinesa e defende que os EUA se imponha sobre o país asiático.

Sua posição, inclusive, o levou a ser barrado de entrar na China. Por exemplo, Rubio chegou a ser um dos autores de uma legislação que visava banir importações de produtos suspeitos de terem sido manufaturados com utilização de trabalho forçado em Xinjiang.

O parlamentar também já adotou posturas duras em relação aos governos da Venezuela e de Cuba.

“Pequeno Marco”

A relação de Marco Rubio com Donald Trump nem sempre foi das melhores. Em 2016, ambos disputaram a nomeação da candidatura para presidência pelo partido Republicano.

Os dois tiveram conflitos ferrenhos e Trump chegou a apelidar o rival de “pequeno Marco”.

“Marco Rubio é um fraco que eu não contrataria para comandar uma das menores empresas. Um político muito superestimado”, escreveu Trump em 2015.

Críticas a Lula

Marco Rubio também já teceu críticas ao presidente Lula (PT). Em 2023, ele escreveu um artigo no qual reclamava da aproximação de Lula com o governo de Pequim, enfatizando que isso seria, na sua visão, uma consequência da política externa de Joe Biden.

“Quando Lula precisar de grandes quantias de dinheiro e sem perguntas, ele recorrerá à China. Biden deve adotar uma linha firme com o novo presidente do Brasil, responsabilizando Lula por sua simpatia pelo Partido Comunista Chinês”, afirmou.

Após o “X” ser suspenso no Brasil por descumprir ordens judiciais e se recusar a indicar um representante legal no país, Rubio afirmou que a população brasileira enfrentava “repressões”.

"Há algum tempo, tenho ouvido falar de uma campanha de censura governamental no Brasil. A recente decisão de banir o X é a mais nova manobra de Alexandre de Moraes para minar as liberdades básicas. Pelo bem das liberdades básicas e do nosso relacionamento bilateral, o Brasil deve retificar essa medida autoritária”, opinou.

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