A família de um paciente que morreu no Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e teve o corpo trocado tenta entender o que aconteceu dentro da unidade.
Nilton Bento da Silva, de 77 anos, chegou ao Hospital da Posse com sintomas leves de Covid-19, segundo a família. Mas, na manhã desta quinta-feira (16), parentes foram informados de que o quadro de saúde dele tinha se estabilizado e, por isso, ele tinha saído da ala de Covid.
Sem notícias até a tarde, a esposa de Nilton, Elizabeth Sales de Assis, voltou para o hospital, onde recebeu a notícia de que o paciente estava morto desde a manhã.
A família chegou a ser informada inicialmente que o corpo de Nilton tinha sumido. Depois, foi chamada para fazer o reconhecimento. Mas a pessoa identificada era outro paciente, com o mesmo nome, que foi atropelado.
Outros funcionários disseram à família que o corpo de Nilton precisou ir para o Instituto Médico Legal, porque estava com um hematoma no crânio. A família suspeita que uma queda dentro da unidade tenha causado a morte dele.
Já no IML de Nova Iguaçu, os parentes tiveram dificuldade para realizar os trâmites de liberação do corpo, por causa de problemas com a declaração de óbito. Apenas após acionamento da Defensoria Pública nesta sexta-feira (17), foi autorizada a liberação para este sábado (18). Funcionários do IML disseram à família que o corpo chegou sem identificação.
A filha de Nilton, Márcia da Silva, cobra esclarecimentos.
A família registrou o caso na delegacia.
Em nota, o hospital nega que tenha ocorrido troca de corpos entre os pacientes e disse que Nilton Bento foi encaminhado para o IML, para perícia, porque morreu por Covid-19, mas com um trauma na cabeça. Já o outro paciente, Nilton Benedito, também foi levado para o IML, segundo a unidade, vítima de um politrauma.