O sargento Manoel da Silva Rodrigues, condenado a 14 anos por tráfico internacional de drogas após transportar cocaína em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), foi excluído definitivamente dos quadros da corporação. A decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira (12).
A nota da FAB destaca que Manoel também perdeu o grau hierárquico “em conformidade com o Estatuto dos Militares”. “O ato desta quinta-feira é resultado desse processo [administrativo], cuja decisão foi proferida após cumprido o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa”, pontuou a corporação.
Em junho de 2019, o agora ex-militar foi detido no Aeroporto de Sevilha, na Espanha, pelo transporte de 37 kg de cocaína em voo da comitiva presidencial, mas sem a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na época, a equipe do Palácio do Planalto viajava para a cúpula do G-20, reunião das nações mais ricas do mundo, sediada em Tóquio, no Japão. Em fevereiro deste ano, a Justiça Militar da União condenou Manoel a 14 anos e seis meses de prisão mais pagamento de 1,4 mil dias-multa relativos a 1/3 do salário mínimo.
Leia a nota da FAB na íntegra
Nesta quinta-feira (12/05), a Força Aérea Brasileira (FAB) excluiu definitivamente de suas fileiras o Sargento Manoel da Silva Rodrigues, a bem da disciplina e com a perda do seu grau hierárquico, em conformidade com o Estatuto dos Militares.
O ex-militar foi detido no aeroporto de Sevilha, Espanha, em 25 de junho de 2019, sob a acusação de tráfico internacional de drogas. Tão logo houve a ciência do fato pelo Comando da Aeronáutica, foi instaurado o devido processo administrativo para julgar a conduta praticada, sob o prisma da ética militar.
O ato desta quinta-feira é resultado desse processo, cuja decisão foi proferida após cumprido o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.
Ressalta-se que o tempo decorrido até a efetiva expulsão do Sargento esteve condicionado ao cumprimento dos devidos trâmites administrativos de intimação do militar, que se encontra detido em outro país, desde a sua prisão em flagrante.
No dia 15 de fevereiro de 2022, a Justiça Militar da União já o havia condenado à pena de 14 anos e seis meses de reclusão.
A Força Aérea Brasileira reitera que atua para coibir irregularidades e que repudia condutas que não representam os valores, a dedicação e o trabalho do efetivo em prol do cumprimento de sua missão Institucional.