O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), comentou os atos violentos provocados por manifestantes contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília, na noite da última segunda-feira (12). A sede da Polícia Federal (PF) foi atacada. Ônibus e carros foram incendiados.
“Esses pequenos agrupamentos extremistas, que querem rasgar a lei, não irão prevalecer no grito nem ganham. A democracia não é um regime que você impõe a sua vontade no grito. E isso não pode ocorrer”, disse Dino em entrevista à Rádio Bandeirantes na manhã desta terça-feira (13).
Segundo o senador eleito pelo Maranhão, pequenos grupos agem como extremistas por não respeitarem a ordem democrática. O ministro ainda pontuou que providências serão tomadas contra crimes e que atos extremistas são inaceitáveis.
“Nós não temos, neste momento, um quadro de normal liberdade de expressão. Não se cuida disso, e sim, infelizmente, de tentativa de pequenos grupos de descumprir a lei, tentar violar a ordem jurídica. Ontem, houve atos extremistas, violentos, na capital do nosso país, que são inaceitáveis”, comentou Dino.
O futuro ministro também comentou atos violentos também cometidos por manifestantes mais à esquerda, como vistos em outros tempos, ocasião em que ônibus foram incendiados, agências bancárias depredadas. Para Dino, o Ministério da Justiça agirá com base na lei, independente da ideologia política.
“A partir de 1º de janeiro, no que compete ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a conduta vai ser a mesma, independentemente do matiz ideológico, de A, B ou C. Lei é uma só e deve ser cumprida para todos”, sublinhou o ex-governador do Maranhão.