Extremistas deixam rastro de destruição em obras de arte e patrimônio histórico

Vândalos chegaram a defecar em escritório, destruir encanamentos e perfurar obra de Di Cavalcanti

Da Redação

Os extremistas, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiram prédios públicos na Praça dos Três Poderes, neste domingo (8), e destruíram parte do patrimônio em Brasília, deixaram um rastro de destruição por onde passaram. Além do mobiliário, como cadeiras e mesas, o grupo danificou obras de arte de valor inestimável e símbolos da República.

Imagens obtidas na internet mostram um quadro do pintor Di Cavalcanti (1897-1976) vandalizado com ao menos seis perfurações. Ele ficava numa parede do terceiro andar do Palácio do Planalto.

O Brasão da República, que ficava no prédio do STF (Supremo Tribunal Federal), também foi retirado do lugar e vandalizado pelos golpistas. As cadeiras dos ministros da Corte foram danificadas e jogadas para fora do prédio. Imagens que também circulam pela internet mostram pessoas sentadas nas poltronas comemorando o ato antidemocrático e fazendo fotos sobre elas.

A galeria de fotos dos presidentes da República também foi destruída pelos vândalos. Vitrines, vidraças e janelas dos prédios dos Três Poderes entraram no alvo dos golpistas que pedem intervenção militar no país após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Um vídeo impublicável que circula pela internet mostra um dos criminosos defecando em uma sala. 

Quadro de Di Cavalcanti com pelo menos seis perfurações

Patrimônio

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse que o Instituto Nacional do Patrimônio Histórico faz um balanço da destruição.

Nota na íntegra:

O patrimônio histórico material e imaterial do Brasil foi barbaramente atacado e em parte destruído neste dia 8 de janeiro em Brasília, como é de amplo conhecimento público. Em atinência às determinações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra de Estado da Cultura, Margareth Menezes, determinou a imediata diligência do Instituto Nacional do Patrimônio Histórico (Iphan), nas atribuições que cabem ao órgão, para a avaliação e informação da destruição cometida nos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal e demais espaços tombados.  O mundo assiste, estarrecido, à violência do terrorismo de extrema direita contra o estado democrático brasileiro. A dilapidação do patrimônio público e da consciência livre do nosso povo não será tolerada. Os culpados serão identificados e rigorosamente punidos na forma da lei”.

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