O interventor federal no Distrito Federal, Ricardo Cappelli, disse que policiais militares (PM) informaram que os extremistas que invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília, agiam como “profissionais” e sabiam das plantas da Câmara e do Palácio do Planalto. A declaração foi dada nesta segunda-feira (16), em entrevista coletiva.
“As pessoas que invadiram a Câmara e o Planalto tinham conhecimento dos locais, conheciam as plantas. Isso a investigação está apurando. Vai nos auxiliar a identificar as pessoas. O processo está em curso, comandado pela Polícia Federal com apoio da Polícia Civil”, informou o interventor.
Cappelli estava acompanhado da governadora em exercício do DF, Celina Leão (Progressistas), e do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas). Segundo o interventor, depoimentos de PMs descrevem o “profissionalismo” dos criminosos que invadiram os prédios que representam a República brasileira.
“Ele [PM] declarou: 'Nós não estávamos enfrentando apenas manifestantes'. Ele disse: ‘Existiam homens no campo de batalha com conhecimento do terreno, conhecimento de táticas de combate, características de profissionais. Eram homens profissionais no meio dos manifestantes’. É um depoimento valioso. Estamos apurando”, disse Cappelli.
Novo batalhão da PM
Cappelli, Leão e Lira visitaram, hoje, o Batalhão da PM do DF localizado nas proximidades da Esplanada dos Ministérios. A intenção foi anunciar uma reforma da unidade para reforçar a segurança em torno dos principais prédios da capital.
Além da reforma do 6º BPM, o presidente da Câmara revelou que um prédio foi doado ao governo distrital para a construção de um novo batalhão da PM, mais próximo à Praça dos Três Poderes.