Jeanine Áñez, ex-presidente interina da Bolívia, foi presa neste sábado, 13, acusada de planejar o golpe de estado que tirou Evo Morales do poder. A polícia chegou na casa dela ainda de madrugada, quando Áñez tentou se esconder dentro de uma cama box para evitar a prisão, mas foi encontrada e levada de avião até La Paz, capital do país. As informações são do Jornal da Band.
Além de Áñez, quatro ex-ministros tiveram a prisão decretada. Dois foram presos e dois estão nos Estados Unidos. Os integrantes do antigo governo são acusados de sedição, conspiração e terrorismo durante os dias que seguiram à renúncia de Evo Morales em novembro de 2019. Ele deixou o país às pressas em meio a protestos que denunciavam fraude na eleição presidencial.
Como todos os outros que estavam na linha sucessória também renunciaram, Jeanine, que era senadora, acabou assumindo o governo de forma interina. Ela afirma ser vítima de uma perseguição política e nega ter participado de um golpe de estado.
A denúncia contra a ex-presidente foi apresentada por deputados do MAS (Movimento ao Socialismo), partido do atual presidente Luis Arc, aliado de Evo Morales, que assumiu o poder em novembro de 2020.