Ex-ministro da Defesa no governo de Dilma Rousseff, Aldo Rebelo disse que não vê possibilidade de um golpe militar no Brasil para favorecer o presidente Jair Bolsonaro. Para o ex-deputado, os servidores das Forças Armadas estão preocupados com o bom desempenho das funções militares deles, conforme contou à Rádio Bandeirantes, neste sábado, 24.
Aldo Rebelo também destacou que Bolsonaro não tem condições de liderar um golpe para se manter no poder e que a agenda do voto impresso é uma “agitação de superfície”. A resposta está contextualizada à suposta pressão do general Braga Neto, ministro da Casa Civil, ao deputado Arthur Lira, presidente da Câmara, para a aprovação do que os governistas chamam de “voto auditável”.
“Ele [Bolsonaro] vai resistir para se manter no Governo. [Ele] Não tem condição de liderar golpe de coisa nenhuma. Isso é ruim para o país, ruim para o Congresso, ruim para essa agenda de voto auditável. Vai ter eleição no Brasil, de qualquer jeito, como disse o próprio Mourão. Eu fui ministro da Defesa. Conheço os militares brasileiros. A maioria quer cuidar da sua tarefa, do seu ofício”, disparou Rebelo.
Segundo o ex-ministro, ameaças de golpe que surgem no Governo são uma agenda para “distrair o país das coisas essenciais”. E completa: “Em vez de se discutir a retomada do crescimento, do desenvolvimento do Brasil, da educação, ciência e tecnologia, vai se discutir, o tempo inteiro, se tem golpe ou não. Eu sei que não vai ter golpe”, pontuou.
Livro lançado
Aldo Rebelo aproveitou a entrevista para falar sobre o livro “O Quinto Movimento”, de autoria dele. Na ocasião, o ex-ministro aponta caminhos para o Brasil voltar a crescer do ponto de vista econômico e social.
“Este é o que eu chamo de Quinto Movimento. O fundamental é o Brasil voltar a crescer e a se desenvolver, para que os estados, os municípios, a União tenham orçamento, para que as pessoas tenham emprego, para que as empresas paguem impostos. Sem isso, não adianta pensar que vai ter dinheiro para qualquer coisa porque não vai ter dinheiro para nada”, concluiu.