Sérgio Roberto de Carvalho, ex-major da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul que era caçado por autoridades de pelo menos três continentes, foi preso nesta terça-feira (21). Conhecido como “Escobar brasileiro”, ele foi detido em Budapeste, capital da Hungria. A informação foi confirmada pela Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).
Ele estaria com um passaporte mexicano falso. Ainda não há a confirmação se ele ficará preso na Europa ou se será extraditado para o Brasil.
No Brasil, o narcotraficante foi condenado em 2019 a 15 anos e três meses de prisão por usar "laranjas" em empresas de fachada para movimentar R$ 60 milhões. O ex-policial militar também foi condenado, em 2008, a 15 anos de prisão por tráfico de drogas.
O criminoso é acusado de enviar 45 toneladas de droga para a Europa através de portos brasileiros, somente entre 2017 e 2019. As remessas foram avaliadas em R$ 2,25 bilhões. Oficialmente a Polícia Federal ainda não confirmou a informação.
Com o nome de Paul Wouter, de um surinamês, ele foi preso na Espanha com quase 2 toneladas de cocaína em 2018. Depois, pagou fiança para responder em liberdade e sumiu.
A fuga de Carvalho foi marcada ainda por ele ter forjado sua própria morte. Um médico assinou um falso atestado de morte e a farsa só foi descoberta após troca de informações entre as polícias brasileira e europeia.
O ex-major da PM do Mato Grosso do Sul não foi preso por pouco em novembro de 2020, em Lisboa. Ele deixou para trás uma van com 12 milhões de euros. Carvalho embarcou um avião, dois dias antes de uma operação conjunta das polícias.