A Polícia Federal cumpriu, nesta quinta-feira (7), mandado de busca e apreensão em um endereço de Tatiana Garcia Bressan, ex-estagiária do gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Depois, ela prestou depoimento à Polícia Federal.
Tatiana ficou por duas horas na Superintendência da PF em Brasília. Ela pediu desculpas ao Supremo e afirmou que, como estagiária, não teve acesso a documentos importantes ou sigilosos do gabinete do ministro do Supremo.
No depoimento, ela confirmou que foi tratada pelo blogueiro bolsonarista Allan dos Santos como informante e que ele pediu para que ela permanecesse a serviço do ministro, conforme havia revelado reportagem do jornal “Folha de S. Paulo”.
Allan dos Santos é investigado no âmbito do inquérito das fake news, que investigar crimes praticados mediante a propagação de notícias falsas, denunciações caluniosas, ameaças e infrações que podem configurar calúnia, difamação e injúria contra os membros do STF, além de fazer parte de investigação sobre quem financia a produção de conteúdo antidemocrático.
Tatiana Bressan estagiou no gabinete de Lewandowski entre 19 de julho de 2017 e 20 de janeiro de 2019. As mensagens foram obtidas a partir de quebra de sigilo telefônico entre Tatiana e Allan feitas de outubro de 2018 a março de 2020.
Allan teria pedido que a estudante ficasse como "informante" dele no STF. A ex-estagiária respondeu que seria "uma honra" ajudá-lo, de acordo com os diálogos coletados pela Polícia Federal.