Ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez é preso na Espanha

Miguel Gutierrez é acusado de participação em fraudes contábeis, que chegam a R$ 25,3 bilhões. O nome do ex-CEO da Americanas estava na lista de procurados da Interpol

Da Redação com Caiã Messina

O ex-CEO das Lojas Americanas, Miguel Gutierrez, foi preso pela polícia de Madri, na Espanha, após ter seu nome incluído na Difusão Vermelha da Interpol, a lista de procurados internacionais. 

Miguel Gutierrez e a ex-diretora da empresa, Anna Christina Saicali, são acusados de participação em fraudes contábeis que chegam a R$ 25,3 bilhões, considerada uma das maiores da história do mercado financeiro brasileiro. 

Entre os crimes apurados, estão: prática do crime de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada, também conhecido como "insider trading”, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

A Band apurou que a Polícia Federal não trabalha com a possibilidade de extradição de Miguel Gutierrez, que tem dupla nacionalidade (espanhola e brasileira). A Espanha não extradita nacionais, mas as autoridades brasileiras devem fazer a solicitação. 

Os ex-diretores foram alvos de mandados de prisão preventiva em operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (27), mas, como estavam foragidos no exterior, foram incluídos na lista de procurados da Interpol. 

Anna Christina Saicali segue foragida. A Polícia Federal suspeita que ela está em Portugal. Autoridades locais já foram avisadas. 

Acusações

As investigações, que contaram com a colaboração da atual diretoria do grupo Americanas, também tiveram a participação do Ministério Público Federal (MPF) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em nota, o grupo Americanas informou que reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso “e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria”. 

Segundo a empresa, os ex-diretores manipularam, de forma intencional, os controles internos existentes. “A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos”.

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