EUA prometem sanções “rápidas e severas” caso a Rússia invada a Ucrânia

Casa Branca ressalta que Biden reiterou a Putin diplomacia e uma desescalada militar nas fronteiras com a Ucrânia

Da redação

As redes sociais da Casa Branca lançaram um comunicado oficial para informar o resultado da conversa entre os presidentes Joe Biden, Estados Unidos, e Vladmir Putin, Rússia, deste sábado, 12. De acordo com a nota, os americanos e aliados vão impor sanções “rápidas e severas” aos russos, caso haja invasão na Ucrânia.

O texto divulgado ressaltou que Biden reiterou a Putin diplomacia e uma desescalada militar nas fronteiras com a Ucrânia, onde há pelo menos 100 mil soldados russos em treinamento. O conflito se dá porque a Rússia é contra a aproximação de Kiev com os Estados Unidos e Otan, aliança militar do Ocidente.

“O presidente Biden conversou, hoje, com o presidente Vladimir Putin para deixar claro que, se a Rússia invadir ainda mais a Ucrânia, os EUA e nossos aliados imporão custos rápidos e severos à Rússia. O presidente Biden instou o presidente Putin a se envolver em desescalada e diplomacia”, disparou a Casa Branca no Twitter. 

Após reunião por telefone, a Rússia também se manifestou e disse que o governo americano ignora as preocupações de Moscou a respeito do avanço de tropas da Otan. A conversa durou cerca de uma hora, segundo interlocutores da Casa Branca. 

Na última sexta-feira, 11, funcionários da Casa Branca disseram que a Rússia pretende invadir a Ucrânia a qualquer momento, mas não deram detalhes de como a inteligência dos EUA conseguiram tais informações. Segundo Antony Blinken, secretário de Estado, a ação militar deve acontecer antes do fim das Olimpíadas de Inverno de Pequim.

“Estamos em uma janela em que uma invasão pode começar a qualquer momento e, para ser claro, isso inclui o período durante as Olimpíadas", disse o secretário de Estado Antony Blinken. Para o representante americano, há “sinais muito preocupantes da escalada russa”.

Entenda a crise

A Rússia quer impedir o avanço ocidental no Leste europeu. Devido a isso, o presidente Vladmir Putin é terminante contra a entrada da Ucrânia na Otan, aliança militar formada por países ocidentais.

A região era formada por países da antiga União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, que entrou em declínio com o fim da Guerra Fria. Alguns países mantiveram-se sob a influência russa, como é o caso do Belarus, mas outros, inclusive, entraram na Otan, como Letônia e Lituânia.

A Ucrânia segue dividida entre os prós e contra a Rússia. Desde 2013, a fronteira russo-ucraniana registra tensões geopolíticas. Em 2014, o então presidente Víktor Fédorovych Yanukóvytch, pró-Moscou, foi deposto do poder em Kiev. No mesmo ano, a Rússia anexou a Península da Crimeia ao domínio do Kremlin.

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