EUA põem brasileiro em lista de terrorismo por causa de grupo supremacista

Homem que vive no Brasil é acusado de ser um dos nomes por trás do "Terrorgram", coletivo de extrema direita que promove a supremacia branca, e passou a integrar lista de procurados pelos EUA ao lado de jihadistas.

Por Deutsche Welle

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Um brasileiro foi parar numa lista de terroristas procurados internacionalmente pelos Estados Unidos e divulgada nesta segunda-feira (13/01). Ele é acusado de ser um dos administradores do grupo supremacista branco e de extrema direita "Terrorgram", equiparado pelo governo Joe Biden em seus últimos dias de mandato a agremiações jihadistas.

O grupo, que opera principalmente no Telegram, é acusado de promover o supremacismo branco violento, incitar ataques a potenciais adversários e fornecer "orientação e materiais de instrução sobre táticas, métodos e alvos para ataques, inclusive contra infraestruturas essenciais e funcionários do governo", além de "glorificar os que realizam tais ataques".

O governo americano responsabiliza o "Terrorgram" por um tiroteio em outubro de 2022 em um bar LGBT+ na Eslováquia; um ataque planejado em julho de 2024 contra infraestrutura de energia em Nova Jersey, nos EUA; e um ataque com faca em agosto de 2024 em uma mesquita na Turquia. O grupo teria motivado ou facilitado esses ataques.

O brasileiro designado pelos EUA como terrorista vive no Brasil e é apontado como líder do grupo ao lado de um croata que vive na África do Sul e de um homem que vive na Croácia. Os três foram alvos de sanções.

"Guerra racial"

Em setembro de 2024, dois americanos suspeitos de atuarem como moderadores do grupo foram presos nos EUA acusados de incitar assassinatos contra negros, judeus, pessoas LGBT+ e imigrantes, a fim de provocar uma "guerra racial". Os homens também respondem judicialmente à acusação de incentivar atentados contra autoridades e atos de sabotagem de infraestrutura.

O Reino Unido já havia dito em abril do ano passado que baniria o grupo por considerá-lo uma organização terrorista, o que tornaria crime no país a participação ou promoção do "Terrorgram".

Em nota, o Telegram rechaçou o uso da plataforma para incitar à violência. "Moderadores removeram vários canais que usavam variações do nome 'Terrorgram' quando eles foram descobertos, anos atrás. Conteúdos similares são banidos sempre que aparecem."

ra (Reuters, ots)

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