EUA fazem manobras militares na Guiana em meio a tensão com Venezuela

Exercício marca a primeira ação militar dos EUA na região desde o referendo venezuelano, que aprovou a anexação de parte do território da Guiana

Da redação

Em colaboração com a Força de Defesa da Guiana (GDF), o Comando Sul dos Estados Unidos realizará operações aéreas militares nesta quinta-feira (7). A informação foi divulgada pela Embaixada americana em Georgetown, capital do país sul-americano. 

Segundo a embaixada americana, o exercício militar é baseado no envolvimento e nas operações de rotina para melhorar a parceria de segurança entre os Estados Unidos e a Guiana, além de fortalecer cooperação regional.

Esse é o primeiro movimento militar dos EUA no país desde a anexação do Essequibo ser aprovado pelos venezuelanos no domingo (3). Nicolás Maduro divulgou nesta semana a criação da zona de defesa integral da Guiana Essequiba e um novo mapa venezuelano com parte do território do país vizinho. 

“Além do exercício, os Estados Unidos continuarão a sua colaboração com o GDF nas áreas de preparação para desastres, segurança aérea e marítima e combate às organizações criminosas transnacionais”, diz trecho do comunicado divulgado pela Embaixada. 

“Os Estados Unidos continuarão o seu compromisso como parceiro de segurança confiável da Guiana e na promoção da cooperação regional e da interoperabilidade”, completou. 

Conversa com Blinken 

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, conversou nesta quarta-feira (6) com o presidente guianês Irfaan Ali para reafirmar o apoio “inabalável” dos Estados Unidos à soberania da Guiana. 

“O Secretário reiterou o apelo dos Estados Unidos para uma resolução pacífica da disputa e para que todas as partes respeitem a sentença arbitral de 1899 que determina a fronteira terrestre entre a Venezuela e a Guiana, a menos que, ou até, as partes cheguem a um novo acordo, ou a um órgão legal competente corpo decide o contrário”, anunciou o governo guianês em comunicado. 

Blinken reiterou que os Estados Unidos esperam trabalhar estreitamente com a Guiana quando o país assumir o assento rotativo no Conselho de Segurança das Nações Unidas em janeiro de 2024. 

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