EUA: economia reabre, mas empresas não conseguem preencher vagas

Dados de uma associação revelam que estão faltando cerca de 50 mil motoristas no mercado

Da Redação, com Jornal da Noite

Os Estados Unidos enfrentam um dilema no mercado de trabalho: sobram vagas, mas faltam candidatos. As informações são do correspondente Eduardo Barão. 

Com a retomada da economia americana, ofertas de trabalho estão presentes por todos os lados. O último relatório do governo, divulgado nesta semana, mostra que a taxa de desemprego caiu para 6%. 

Se por um lado a redução é comemorada, por outro impõe um desafio totalmente inesperado: a falta de mão de obra qualificada para setores fundamentais, como por exemplo, o transporte de cargas por caminhões. 

Muitos profissionais experientes decidiram se aposentar ou mudaram de emprego durante a pandemia. Com os baixos salários oferecidos, as empresas estão com dificuldade em preencher as vagas. Além dos caminhoneiros, o setor também não consegue contratar mecânicos e despachantes. 

Dados de uma associação revelam que estão faltando cerca de 50 mil motoristas no mercado de trabalho. E esse déficit já afeta o abastecimento de diversos produtos nos Estados Unidos, como os combustíveis. 

Flórida, Arizona e Missouri já registraram falta de gasolina e diesel nas bombas. E a situação pode piorar no verão, quando mais motoristas viajam de férias. E com menos oferta, o preço dos combustíveis tende a subir. 

O setor de bares e restaurantes é outro que enfrenta o mesmo problema. Apesar da reabertura e da garantia de emprego, muitos locais não conseguem recrutar cozinheiros, garçons, e até lavadores de pratos. 

Segundo economistas, há uma justificativa para esse fenômeno. Os benefícios pagos pelo governo para quem perdeu o emprego durante a pandemia são mais vantajosos do que os salários oferecidos pelas empresas agora. Por isso, muita gente está pensando duas vezes antes de aceitar qualquer trabalho. 

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