Em nova versão sobre a crise no Leste europeu, os Estados Unidos dizem que há 190 mil soldados russos na fronteira com a Ucrânia. A declaração é do embaixador norte-americano Michael Carpenter durante a reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que acontece em Munique, Alemanha.
“Calculamos que a Rússia tenha provavelmente juntado entre 169 mil a 190 mil efetivos dentro e perto da Ucrânia, por comparação com cerca de 100 mil a 20 de janeiro”, apontou o representante dos EUA na OSCE. O contingente é quase o dobro do que era estimado antes.
Para Carpenter, esta "é a mobilização militar mais significante na Europa desde a Segunda Guerra Mundial". Autoridades de 30 países e líderes das mais importantes organizações internacionais, a exemplo da ONU, Otan e União Europeia participaram da reunião desta sexta-feira, 18. A Rússia cancelou a presença.
Apesar da pandemia, a cúpula do evento optou por realizá-lo no formato presencial devido aos riscos atuais contra a segurança global. Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, esteve na reunião e deve se reunir com Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, neste sábado, 19.
Na última terça-feira, 15, Moscou confirmou a retirada parcial dos soldados enviados há duas semanas à região de fronteira com a Ucrânia. Este seria o primeiro sinal de um possível alívio nas tensões russo-ucranianas sobre suposta invasão. Vale lembrar que o presidente Vladmir Putin, da Rússia, é contra a aproximação dos vizinhos do Leste europeu à Otan, aliança militar do Ocidente.
Por outro lado, um discurso de segunda-feira do presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, alertou que uma invasão ao território ucraniano ainda é uma forte possibilidade. Na ocasião, o líder americano voltou a ameaçar o Kremlin com pesadas sanções caso isso aconteça.