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Estamos sozinhos no Universo? Canal Livre discute avanços na exploração espacial

Paira sobre o imaginário da humanidade se há vida além da que conhecemos no planeta Terra, mas o que isso representa para a comunidade científica?

Da redação

Paira sobre o imaginário da humanidade a possibilidade da existência de vida além da que conhecemos no planeta Terra. É possível? Há indícios? Quais as condições necessárias? O tema foi destaque no Canal Livre deste domingo (5), ocasião em que o astrobiólogo Douglas Galante e o divulgador científico Sérgio Sacani foram entrevistados.

O BandNews TV transmite o Canal Livre às 20h, com a apresentação de Rodolfo Schneider e participação dos jornalistas Fernando Mitre e Joana Treptow. A partir de meia-noite, o programa é reexibido na TV aberta, na tela da Band.

Antes definir se há ou não vida extraterrestre, os entrevistados a realidade da Terra com outros planetas e luas. Assim, a presença de organismos ou microrganismos, tal como os humanos conhecem, precisam estar inseridos numa realidade planetária ou lunar com condições mínimas, como explicou Sacani.

“Tem que ser um planeta rochoso, tem que estar orbitando uma estrela parecida com o Sol, tem que estar a uma distância em que a água precisa estar líquida na superfície. Quando você começa a colocar essas restrições, esse número começa a reduzir [sobre a vida fora da Terra]. Você tem ‘n’ variáveis que vão dominar o lance da vida aparecer”, considerou o divulgador científico.

“Vida com outro tipo de lógica”

Por outro lado, pesquisadores do mundo inteiro investigam se, diferente do que ocorre na Terra, a lógica da vida tivesse outra dimensão. Por exemplo, aqui, o carbono é essencial para a vida. Ele seria relevante, então, para organismos extraterrestres? A pergunta segue sem resposta, o que leva a comunidade científica a reforçar a falta de indícios sobre vida fora do nosso planeta.

“Seria muito legal a gente encontrar uma vida com outro tipo de lógica, que usasse outro tipo de molécula como informação, que usasse, talvez, outro tipo átomo, além do carbono” (astrobiólogo Douglas Galante)

Vida em lua de Júpiter?

Além da exploração da Lua, satélite natural da Terra, e de Marte, os cientistas também se debruçam sobre Europa, uma das luas de Júpiter. Acontece que o local pode abrigar um gigantesco oceano líquido sob uma espessa camada de gelo, além de possíveis fontes de energias termais. Com isso, organismos vivos podem ser organizar lá, mas dependem de uma série de fatores.

“A gente sabe que a água é necessária para a vida como a gente conhece, mas a gente não sabe se ela é suficiente. Além da água, a gente tem uma série de outros componentes. A gente precisa do carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo e enxofre”, explicou Galante.

“A gente precisa ter certeza de que existem esses elementos, que eles se organizam em forma de moléculas complexas e que se tenha fontes de energia embaixo [dos oceanos da lua Europa, em Júpiter]” (astrobiólogo Douglas Galante)

Exploração da Lua

O Canal Livre não se limitou apenas à possibilidade de vida extraterrestre. O programa também debateu a exploração espacial, sobretudo da Lua, nosso satélite natural. Nessa corrida, países do Norte e Sul globais, a exemplo dos Estados Unidos, China e Índia, não querem apenas disputar quem é o melhor. O objetivo vai além. O propósito também é econômico.

“A Lua é um trampolim para darmos passos mais longos na exploração tripulada do sistema solar. [...] Esse é o objetivo, a gente ter uma base fixa na Lua, de onde vão sair outras naves para explorar mais a fundo o sistema solar”, considerou Galante.

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