Estabelecimentos são autuados por preços abusivos de água durante tragédia no RS

Galão de água chegou a ser vendido por R$ 80 em alguns comércios

da Redação

Estabelecimentos são autuados por preços abusivos de água durante tragédia no RS
Militares do Exército atuam no auxílio a vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul
REUTERS/Adriano Machado

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) fiscalizou, desde o dia 4 de maio, ao menos 315 denúncias de estabelecimentos que estariam comercializando produtos com preços abusivos durante a maior enchente da história do estado. Entre eles, 65 foram autuados em Porto Alegre e na região metropolitana. 

A maioria das autuações ocorreu em mercados e postos de gasolina. A força-tarefa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) também fiscalizou farmácias, empresas de caminhão pipa e revendas de gás e água. Em alguns lugares, o galão de 20 litros estava sendo vendido a R$ 80.

As reclamações chegaram por meio do canal criado pelo MP (o e-mail precoabusivo@mprs.mp.br) para que os consumidores pudessem relatar casos de aumentos ocorridos depois da tragédia. O endereço já recebeu 680 denúncias.

“Percebemos que o consumidor precisa ter um canal rápido para denunciar quando se depara com um produto comercializado acima do preço, ainda mais nesse momento de crise”, disse o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho.

Tragédia no RS

O número de mortos nas enchentes que atingem o Rio Grande do Sul subiu para 157, segundo balanço divulgado pela Defesa Civil estadual às 12h desta segunda-feira (20). Outras 88 estão desaparecidas e 806 estão feridas. 

Ainda conforme o balanço, 76.188 pessoas estão em abrigos e 581.633 estão desalojadas. No total, 463 municípios e 2.339.508 pessoas foram afetadas. 

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