Esposa de Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, depõe hoje à PF após silêncio do marido

Operação da PF que apura adulteração de dados no sistema do Ministério da Saúde também apura possível participação de Bolsonaro no esquema

Da redação

Esposa de Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro, depõe hoje à PF
Divulgação/Presidência

A Polícia Federal (PF) deve ouvir, nesta sexta-feira (19), Gabriela Cid, esposa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O militar está preso desde o dia 3 de maio por envolvimento no esquema que fraudou cartões de vacina, conforme apontam as investigações.

O depoimento de Gabriela está previsto para ocorrer às 14h30 de hoje, na sede da PF, em Brasília. Ela é citada diversas vezes no inquérito. Ontem, Cid se optou ficar em silêncio por cerca de 40 minutos.

Bolsonaro na mira

A operação da PF que apura adulteração de dados no sistema do Ministério da Saúde também mira Bolsonaro, que também já depôs. Cartões de vacinação do ex-presidente e da filha e de assessores dele teriam sido fraudados.

Mediante à suposta fraude, os envolvidos teriam se beneficiados para entrarem nos Estados Unidos, quando o ex-presidente saiu do Brasil às vésperas da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Bolsonaro também foi alvo da operação, inclusive com buscas e apreensões na casa dele. O ex-presidente nega que teve conhecimento das fraudes e disse que sempre deixou claro que não se vacinaria contra a covid-19.

Suspeita de lavagem de dinheiro

A investigação da PF mostra que Cid, homem de confiança de Bolsonaro, estria envolvido no esquema. Com base na quebra do sigilo telefônico de Cid, os agentes encontraram outro crime suspeito, o de lavagem de dinheiro.

O relatório da PF cita que há uma movimentação de mais de R$ 400 mil nas contas do militar, também responsável pelo pagamento das contas da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. As transferências eram feitas sempre em valores fracionados, o que dificultava a identificação das quantias.

Defesa de Michelle

A defesa da ex-primeira-dama cita que ela teve as despesas pagas com recursos próprios. Ex-secretário de Comunicação no governo Bolsonaro, o advogado Fábio Wajngarten disse que os pagamentos em dinheiro vivo eram feitos proteger os dados do ex-presidente.

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