A União Química descarta recorrer à Justiça contra a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a importação da vacina russa Sputnik V contra o novo coronavírus.
Sem o aval, a empresa fica impedida de fornecer as milhões de doses encomendas por Estados e pelo governo federal.
De acordo com a agência, a vacina usa um tipo de vírus que pode se multiplicar, oferecendo riscos à saúde.
Em entrevista a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, o presidente da União Química contestou o parecer.
Fernando Marques diz que a Sputnik V foi aprovada em mais de 60 países, sem o registro de reações adversas até agora.
Segundo ele, a empresa deve fornecer a outros interessados os lotes que não puderem ser incorporados ao Plano Nacional de Imunização.
Para o presidente da União Química, a Anvisa está ignorando a lei que prevê o uso emergencial no Brasil de vacinas aprovadas por algumas agências internacionais.
Além da Administração Nacional de Medicamentos, da Argentina, está entre elas o Ministério da Saúde da Rússia, ressalta o executivo.
Fernando Marques lembra que os resultados de segurança e eficácia da vacina foram publicados na Lancet, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo.