A embaixada do Brasil na Ucrânia divulgou um comunicado para pedir que os brasileiros que moram no país europeu mantenham-se alertas devido à crise na região. O texto reforça a busca por informações de fontes locais e internacionais confiáveis.
O governo brasileiro, porém, reiterou que não há nenhuma recomendação de evacuação brasileira do país até o momento. No comunicado, a embaixada disse que acompanha de perto a situação com as autoridades ucranianas e comunidade diplomática internacional.
Ao contrário do Brasil, países como Estados Unidos, Japão, Israel e Arábia Saudita já recomendaram a saída dos cidadãos. Os americanos pedem, inclusive, o retorno de funcionários de representações diplomáticas.
Neste sábado, 12, a Alemanha disse que a permanência em território ucraniano deve acontecer apenas em casos de necessidade máxima. Reino Unido, Japão Holanda e Israel também emitiram alertas similares.
Entenda a crise
A Rússia quer impedir o avanço ocidental no Leste europeu. Devido a isso, o presidente Vladmir Putin é terminante contra a entrada da Ucrânia na Otan, aliança militar formada por países ocidentais.
A região era formada por países da antiga União da Repúblicas Socialistas Soviéticas, que entrou em declínio com o fim da Guerra Fria. Alguns países mantiveram-se sob a influência russa, como é o caso do Belarus, mas outros, inclusive, entraram na Otan, como Letônia e Lituânia.
A Ucrânia segue dividida entre os prós e contra a Rússia. Desde 2013, a fronteira russo-ucraniana registra tensões geopolíticas. Em 2014, o então presidente Víktor Fédorovych Yanukóvytch, pró-Moscou, foi deposto do poder em Kiev. No mesmo ano, a Rússia anexou a Península da Crimeia ao domínio do Kremlin.