Embaixada da China nos EUA resgata discurso de Ronald Reagan contra 'tarifaço'

Em publicação, órgão cita decisão de 1987 em manter mercado aberto e ir contra protecionismo com taxas

Embaixada da China nos EUA resgata discurso de Ronald Reagan contra 'tarifaço'
Donald Trump e Ronald Reagan
Reprodução/REUTERS/YouTube/RonaldReaganLibrary

Em meio ao conflito tarifário entre China e Estados Unidos, a Embaixada da China no país publicou nesta segunda-feira (7) um discurso do ex-presidente e republicano Ronald Reagan de 1987. Na publicação, feita no X, a Embaixada afirma que o discurso "encontra nova relevância em 2025". 

No vídeo, Reagan, republicano como Donald Trump, afirma que em um primeiro momento ações de impor tarifas parecem "patrióticas e que pensam em proteger produtos e trabalhos americanos". 

"Em um curto período de tempo, isso funciona. Mas apenas por um curto período. O que ocorre é: primeiro, as indústrias nacionais começam a confiar na proteção governamental com as tarifas, começam a parar de competir e inovar e mudar tecnologicamente para ter sucesso no mercado global", afirmou Reagan, à época.

O então presidente tinha a opinião de que as altas tarifas "levam a retaliações de países estrangeiros e engatilham uma feroz guerra tarifária". "Com os preços altos por tarifas, a ineficiência subsidiária e má gestão, o pior acontece: as pessoas param de comprar, mercados diminuem e colapsam, negócios e indústrias fecham e milhões perdem o emprego", disse, no vídeo. 

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A publicação ocorre em meio às tarifas de 34% em produtos chineses importados pelos Estados Unidos. A China retaliou o 'tarifaço' impondo a mesma porcentagem em produtos norte-americanos. Nesta segunda-feira (7), Trump afirmou que irá impor tarifas de 50% acima dos 34% anunciados na semana passada caso a China não retire a retaliação. 

"Se a china não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas de 50%, com efeito em 9 de abril", afirmou.

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