Internacional

Embaixada colhe dados de brasileiros no Líbano para possível repatriação

Entre outubro de 2023 e o início de 2024, o governo realizou a operação Voltando em Paz, no Oriente Médio, que repatriou cerca de 1,5 mil pessoas

da redação

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Ataque de Israel no sul do Líbano - REUTERS/Aziz Taher

A embaixada do Brasil no Líbano começou a colher, nesta terça-feira (24), dados de brasileiros que estão no país, seja como residentes ou turistas, que desejam “receber apoio do governo federal”. 

Decisão da embaixada acontece em meio a escalada do conflito entre Israel e o grupo xiita Hezbollah. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, cerca de 21 mil brasileiros moram no Líbano. 

O formulário disponibilizado pela embaixada do Brasil no Líbano tem o objetivo de “reunir informação para a prestação de assistência consular e planejamento de eventual operação de apoio à retirada de brasileiros do Líbano”. No documento, o Itamaraty solicita os seguintes dados: 

  • Nome e sobrenome (igual ao passaporte);
  • Data de nascimento 
  • Turista ou residente?
  • Possui outra nacionalidade, além de brasileira? 
  • Caso possua outra(s) nacionalidade(s), liste-a(s) abaixo
  • Tem passagem aérea em voo comercial de partida do Líbano?
  • Já fez uso de voo de repatriação anteriormente?

Entre outubro de 2023 e o início de 2024, após o início da guerra entre Israel e o Hamas, o governo federal com a Força Aérea Brasileira realizaram a Operação Voltando em Paz, que fez 13 voos que trouxeram cerca de 1,5 mil pessoas ao Brasil, entre cidadãos brasileiros e parentes próximos. Do total de voos, três repatriaram pessoas que viviam na Faixa de Gaza.

Governo condena ataques no Líbano 

O governo brasileiro condenou nesta segunda-feira (23) “nos mais fortes termos” os contínuos ataques aéreos israelenses contra áreas civis no Líbano. O Ministério das Relações Exteriores também recomendou aos brasileiros que deixem a área conflagrada. 

Israel e o grupo Hezbollah, do Líbano, têm trocado tiros através da fronteira desde o início da atual guerra em Gaza no ano passado, detonada após um ataque do Hamas, aliado do Hezbollah, mas Israel intensificou sua campanha militar na última semana. Somente nesta segunda-feira, os ataques causaram ao menos 492 mortes e deixaram mais de 1,6 mil feridos. 

Em nota, o Itamaraty lamentou as declarações de autoridades israelenses em favor de operações militares e da ocupação de parte do território libanês e expressou “grave preocupação” diante das exortações do governo israelense para que civis libaneses evacuem suas residências naquelas regiões.

“O Brasil renova o apelo às partes envolvidas para que cessem, imediatamente, os ataques, de forma a interromper a preocupante escalada de tensões, que ameaça conduzir a região a conflito de amplas proporções, com severo impacto negativo sobre populações civis”, diz trecho da nota do Itamaraty. 

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