A falta de cilindros de oxigênio em Manaus fez surgir um mercado paralelo. Aproveitadores cobram até 5 vezes mais pelo produto. As informações são do Jornal da Band.
Algumas famílias estão gastando até R$ 5 mil para comprar um cilindro de oxigênio na capital amazonense. Como não há produto à venda no mercado, quem tem algum cilindro disponível está cobrando caro.
As filas para comprar o gás medicinal não diminuem. Debaixo de chuva, dezenas de pessoas esperam para fazer a recarga.
A empresa demora, em média, 40 minutos para recarregar cada cilindro. No local, são atendidas apenas 10 pessoas por vez. A maioria dos que recarregaram o oxigênio nesta quarta-feira (20) colocou o nome na lista no dia anterior. Apesar disso, os compradores ficam horas aguardando para garantir o produto.
A conta não fecha. Manaus está consumindo, em média, 75 mil m³ de oxigênio por dia. Mas as fornecedoras oficiais só têm conseguido produzir um terço disso. E as sete usinas prometidas pelo Governo Federal no domingo só chegaram nesta quarta-feira.
A cidade agora depende do gás que chega de outras partes do Brasil e também do exterior, como o carregamento que chegou da Venezuela. Os 136 mil m³ já foram distribuídos para hospitais da capital e do interior. Depois das sete mortes por asfixia registradas em Coari, a 360 km de Manaus, o Tribunal de Justiça deu 48 horas para que o governo do Amazonas reabasteça a rede da cidade.
O governo também terá que atender à ordem do Superior Tribunal de Justiça, que mandou estado e prefeituras informarem sobre o recebimento de recursos federais e sobre quando perceberam o risco de desabastecimento de oxigênio.
No Pará, após a morte de sete pessoas na cidade de Faro, o governo enviou insumos, reforço médico e também adquiriu uma usina para produzir oxigênio, em Oriximiná.