Em meio a aumento de restrições, brasileiros sofrem para deixar o Reino Unido

Da Redação, com BandNews FM

Escalas e falta de recurso para comprar nova passagem são só alguns dos problemas
Reprodução/Facebook

Brasileiros que estão no Reino Unido ainda não sabem como vão conseguir voltar para casa em meio ao avanço da segunda onda da pandemia na Europa. As informações são de Narley Resende, da BandNews FM

Dezenas de passageiros compraram passagens de um voo da Latam que sai de Londres e tem escala em Madri. O problema é que a Espanha permite apenas a chegada de passageiros espanhóis ou que morem no Reino Unido.

A situação ficou ainda mais complicada após o governo brasileiro proibir a entrada de voos britânicos, medida adotada após a descoberta de uma nova variante do coronavírus.

Andrea Crepaldi, que acompanhou o marido em um pós-doutorado em Guildford, a 60 km de Londres, contou que decidiu comprar outra passagem de volta para casa.

Carmen Evarista, de 72 anos, que foi visitar o filho e não consegue voltar para o Brasil, afirmou que essa é a solução para muitos brasileiros que estão presos no Reino Unido.

A situação é especialmente complicada para quem não tem mais dinheiro ou usou pontos e promoções para a compra dos bilhetes. Isso porque as companhias aéreas tem até 31 de outubro para devolver o dinheiro de quem não viajou.

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A engenheira agrônoma Daniele Gomes afirmou que não entende o motivo de quem faz escala ser liberado, mas quem sai de voos diretos não ter autorização para entrar no Brasil. Já o psicólogo clínico Márcio Giansante está em um grupo de 250 brasileiros que não conseguem sair do Reino Unido. 

A situação deve piorar em breve. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pretende adotar novas restrições por causa da variante do coronavírus descoberta no Amazonas, e voos brasileiros estão sendo desviados.

A Latam afirma que "todas as regras para ingresso de passageiros em países no exterior são exigências dos respectivos governos nacionais" e que à empresa "cabe apenas aplicar essas regras".

A companhia sugere que os passageiros "devem consultar antes de seu voo as constantes atualizações das exigências do país de destino, observando as regras e restrições para o embarque".

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