Eleições nos EUA podem mudar cenário de guerras no mundo; entenda

Especialista em relações internacionais Natália Fingermann explica como a vitória de Donald Trump ou Kamala Harris pode influenciar os conflitos na Europa e no Oriente Médio

emanuele braga

Donald Trump e Kamala Harris
REUTERS/File Photo

As guerras entre Rússia e Ucrânia e Israel, Hamas e Hezbollah tem refletido em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, que é uma das principais potências do mundo. Sendo assim, como o país pode influenciar nos conflitos? 

Em entrevista ao Band.com.br, a professora de relações internacionais da ESPM, Natália Fingermann, analisou as principais diferenças entre as possíveis atitudes Kamala Harris e Donald Trump, que concorrem à presidência do país, em relação às guerras. 

“A vitória do Trump impactaria o conflito entre a Ucrânia e a Rússia. O próprio Trump já colocou que ele entende que esse conflito não deve ter continuidade. Ele já colocou que os Estados Unidos não vão mais dar muito suporte e financiamento para Otan”, explicou. 

A ação, portanto, seria capaz de colocar uma ‘sobrecarga’ para os países europeus e que, atualmente, podem não estar dispostos a assumir e dar continuidade no conflito. Conforme a explicação da professora, “é bem possível que Putin consiga garantir as suas vitórias territoriais que ele teve até então”. 

Por outro lado, a especialista explica que Kamala Harris “tem uma visão contrária” e que, possivelmente, realizaria uma manutenção desse conflito, prosseguindo com o financiamento.

“Ela tende a continuar um financiamento ao Zelensky e manter os recursos norte-americanos dentro da Otan junto com seus aliados”, explicou. 

Israel, Hezbollah e Hamas

Para a especialista, o conflito entre Israel e os dois grupos armados, Hezbollah, que corresponde ao Líbano, e Hamas, a Palestina, os dois governantes tendem a seguir apoiando os israelitas. 

“Porém, a Kamala deve manter um orçamento para ajuda humanitária para a Palestina, como agora para a região do Líbano, maior do que do Trump, uma vez que ele se recusa a fazer isso e a reconhecer o papel das Nações Unidas. Em termos de ajuda humanitária, teríamos diferenças, mas em termos de apoio militar, ambos deve manter”, disse.

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