O principal articulador político do Planalto afirma que as eleições no Congresso representam uma grande vitória de Jair Bolsonaro.
Em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes, o general Luiz Eduardo Ramos confidenciou que aprende muito com o presidente.
Segundo o ministro da Secretaria de Governo, passada a votação na Câmara e no Senado, a hora é de destravar pautas que interessam ao país.
“Muita gente às vezes não sabe, mas o grande articulador é o presidente Bolsonaro, eu sou o auxiliar técnico. O vencedor e o articulador, e às vezes a imprensa esquece, ele tem 28 anos de parlamento. Ele me oriente e me conduz. Aprendo muito todos os dias. Nós vamos dar sequência em uma conversa franca com os presidentes eleitos senador Rodrigo Pacheco e na Câmara com o deputado Arthur Lira. Estamos com muita esperança de renovação e poder destravar as pautas importantes para o país”, disse.
Luiz Eduardo Ramos garante que “conversa e convencimento” estão na base do resultado, que ele considera ser uma “vitória retumbante” do governo.
O general diz ter ficado ofendido com a acusação de que prometeu cargos e liberou emendas em troca de votos para os candidatos apoiados pelo Planalto.
“Até considerei ofensivo que eu estaria sentado e ‘você vai votar em fulano e vai receber tanto’, mas isso não aconteceu. O governo Bolsonaro, em seus dois anos, é reconhecido pelos parlamentares que é o governo que mais distribuiu recursos. Seria uma incoerência eu distribuir recursos para prefeitos [de partidos que apoiaram Baleia Rossi] não houve isso”, explicou.
Possível reforma ministerial
O ministro Luiz Eduardo Ramos foi entrevistado no Jornal Gente ao mesmo tempo que o líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes. Ao ser questionado sobre reforma ministerial, o senador fez uma brincadeira e jogou a bola para o general, que não se esquivou e deu informações importantes a respeito do assunto.
“Eu não vou deixar de responder o presidente Bolsonaro já disse e não há reforma. Ele tem sido muito franco que não há previsão de dois ou três ministérios. Nós temos a Secretaria Geral que alguém pode ser nomeado e um ministério só. Fora isso é especulação”, explicou Ramos.