Eleições 2024: quem é Pablo Marçal, candidato a prefeito de São Paulo pelo PRTB

Na primeira pesquisa Datafolha após o início do horário eleitoral, Marçal aparece empatado tecnicamente com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB)

Da redação

Pablo Marçal (PRTB) durante debate da Band para a prefeitura de São Paulo
Pablo Marçal durante Debate na Band | Foto: Renato Pizutto/Band

Nascido em Goiânia, Pablo Henrique Costa Marçal é candidato à prefeitura de São Paulo pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) nas eleições em 6 de outubro.  

Em 2022, Marçal foi candidato a deputado federal pelo PROS e recebeu 243.037 votos, mas teve sua candidatura invalidada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por irregularidades no comando da legenda.

A primeira pesquisa Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (5), após o início do horário eleitoral, mostra os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) empatados tecnicamente no primeiro turno.  

Marçal, que não tem tempo de TV e rádio no horário eleitoral, tem as redes sociais como sua principal ferramenta para angariar eleitores e viralizar suas falas polêmicas em debates e entrevistas. O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), no entanto, suspendeu temporariamente os perfis de Marçal nas redes sociais. Ele é investigado por suspeita de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação.  

Segundo as denúncias, ele teria usado uma plataforma para organizar cortes e compartilhamentos de conteúdos com objetivos eleitorais. Os vídeos que tivessem mais curtidas e compartilhamentos seriam pagos.  

Ex-coach, condenado e dono de patrimônio milionário  

Nas eleições deste ano, Marçal declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio de R$ 169.503.058,17. Entre os candidatos a prefeito de São Paulo, Marçal é o que tem o maior patrimônio declarado.  

Parte de seus rendimentos é fruto do trabalho como "coach motivacional" que exerceu. Marçal também é dono de empresas, empreendedor, investidor e autor de livros. Em 2022, o então coach levou 32 pessoas para uma trilha no Pico dos Marins, no interior de São Paulo. Devido às condições climáticas, o Corpo de Bombeiros precisou resgatar todos os envolvidos no que Marçal classificou como um "treinamento motivacional". Os bombeiros criticaram a atitude do coach, que colocou a vida do grupo em risco.  

Há cerca de um ano, Marçal se envolveu em outra polêmica e, dessa vez, acarretou na morte de um homem de 26 anos. O jovem corria uma maratona com um grupo de funcionários da XGrow, empresa criada por Marçal, quando sofreu um infarto.  

Antes de se tornar conhecido nas redes sociais a partir de suas palestras motivacionais, Marçal foi condenado, em 2010, a quatro anos e cinco meses de prisão por futro qualificado - investigações mostraram que ele fazia parte de um grupo que desviava dinheiro de contas bancárias. 

Marçal não chegou a cumprir a pena, que prescreveu. O caso tem sido amplamente usado por seus opositores na campanha eleitoral e em debates.  

*Com informações do Divulgacand, do TSE, e Câmara dos Deputados

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