Eduardo Suplicy revela diagnóstico de Parkinson e tratamento com cannabis

Deputado estadual de 82 anos afirmou que está se sente muito bem apesar da condição e que tem o apoio dos filhos

Da redação

Eduardo Suplicy revela diagnóstico de Parkinson e tratamento com cannabis
Eduardo Suplicy
Reprodução/Agência Senado

O deputado estadual Eduardo Suplicy revelou nesta terça-feira (19) em audiência pública na Câmara federal que foi diagnosticado com a doença de Parkinson e que faz tratamento com derivados da cannabis, a maconha. O político de 82 anos citou que descobriu a doença após notar tremor nas mãos e dor muscular na perna esquerda. 

Segundo ele, além, da medicação convencional, Suplicy se trata com a cannabis medicinal desde fevereiro deste ano. "Quero ressaltar que a cannabis não é que sara. Mas ela traz uma qualidade de vida melhor para todas", afirmou.

Pelas redes sociais, o político afirmou que é apoiado pelos filhos na decisão de utilizar o remédio à base da maconha. “Estou aqui do lado do Eduardo, o Supla, do João e do André, meus três filhos que me dão todo o apoio para me tratar com a cannabis medicinal, que acho que tem feito tão bem para as pessoas no Brasil”, pontuou. 

André também fez uma declaração no vídeo. “Tenho notado positivas diferenças no tratamento e apoio meu pai e todas as pessoas que precisam desse tratamento”, disse. Veja no vídeo abaixo:

Cannabis pode ser utilizado como tratamento paliativo

O Parkinson é uma doença caracterizada por causar rigidez na musculatura, causando tremores, lentidão, desequilíbrio e alterações na fala e escrita. Além da medicação convencional, o óleo de CBD, produto extraído da maconha, pode auxiliar e diminuir a intensidade dos sintomas, sendo um eficaz tratamento paliativo.

É o caso de Corina Perrela, que convive com Parkinson e demência. A psicóloga, que não se adaptou ao Prolopa, medicamento que serve para diminuir os sintomas de Parkinson .O marido de Corina, Gilberto Perrela, conta que a esposa só melhorou ao conseguir administrar o óleo derivado da maconha. O medicamento foi um aliado paliativo, já que não parou a doença, mas melhorou os sintomas relacionados ao Parkinson e trouxe uma possibilidade de vida mais saudável.

“Os sinais da doença da Corina apareceram em 2015, após uma depressão profunda e só em 2019 descobrimos o óleo, que não trata o Parkinson em si, mas ajuda muito no conjunto de sintomas que acompanham a condição", afirma.

O marido de Corina lista como o cuidado paliativo com o óleo de cannabis a ajudou a ter bem-estar. "Ela não tem mais dores, não treme mais, dorme muito melhor. Então utilizamos o óleo em conjunto com os outros tratamentos paliativos e a qualidade de vida dela é muito melhor”, avalia.

O óleo também é usado em doenças como Alzheimer, como relatado na reportagem de Joana Treptow na série especial Avanço da Cannabis. Veja abaixo e confira a série completa no YouTube:

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