Eduardo Leite questiona possível ataque hacker em prévias e diz que não pretende deixar PSDB

Governador gaúcho cobra respostas da liderança tucana sobre falha em app e cogita até cancelamento de processo

Da redação, com Rádio Bandeirantes

Um dos pré-candidatos do PSDB à presidência da República, Eduardo Leite questionou a liderança partido sobre os problemas no aplicativo de votação nas prévias que definirão o candidato tucano para 2022. Em entrevista para a Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (23), o governador do Rio Grande do Sul voltou a cobrar respostas sobre a integridade do processo, inclusive, questionando se houve um possível ataque hacker ao sistema que falhou.

“Eu quero que as prévias se concluam o quanto antes. Com o aplicativo que foi contratado, que tem uma empresa desenvolvedora e uma outra empresa que é a que faz o monitoramento, fiscalização, acompanhamento. Aliás, uma das coisas que também não têm resposta até o presente momento é sobre se houve um ataque hacker ou não no domingo, que pode ter acontecido. E se houve, é um caso de polícia, para haver investigação”, defendeu em entrevista para José Luiz Datena, no Manhã Bandeirantes (veja íntegra acima).

Leite é contra a possibilidade de trocar o aplicativo de votação, caso o atual, que falhou, não tenha o problema solucionado, já que ele analisa que o processo eleitoral ficaria prejudicado entre os militantes do partido após 48h, o que fere a legitimidade do processo, segundo ele.

“Estão querendo mudar o sistema no meio do jogo”, exemplificou. Inclusive, o governador gaúcho defende que as prévias sejam até canceladas já que, para ele, os problemas no sistema têm grandes chances de não serem totalmente resolvidos até domingo.

“Eu tinha confiança absoluta de que nós iríamos vencer essas prévias, mas, a cada dia que passa, nós estamos numa mudança de cenários e de credibilidade do próprio sistema”, pontuou lembrando "fatos graves" marcaram que marcaram a campanha e precisam ser apurados pelo PSDB. Eduardo Leite mencionou acusações de compra de votos e filiações em massa e pressões sobre vereadores que teriam sido feitas pelo diretório paulista para beneficiar João Doria.

O PSDB disse que uma nova tecnologia seria adotada se a empresa responsável pelo aplicativo não resolvesse os problemas ainda nesta terça. O texto divulgado pela direção nacional também sinaliza que a votação seria concluída até este domingo (28), após decisão em conjunto pela direção da legenda e pelos três pré-candidatos: o ex-prefeito de Manaus, Arthur Vírgilio, o governador de São Paulo, João Doria, e Leite - que negou a existência desse acordo.

Ao todo, mais de 40 mil pessoas se cadastraram para votar nas prévias do PSDB por meio do aplicativo, mas os militantes reclamaram de falhas, principalmente no momento em que se tentava fazer o reconhecimento facial.

Apesar do imbróglio, Leite reiterou que não tem intenção em deixar o PSDB caso perca as prévias, mesmo em meio à polêmica, mas não descartou uma eventual saída.

“Eu não tenho nenhuma vontade de sair do PSDB. Pelo contrário, quero ajudar a mudar o PSDB, nas condições em que ele se encontra hoje, ajudando pelo debate, pelo diálogo, pela construção de um partido, e não por impor minha vontade", afirmou o gaúcho, dizendo que não recebeu convites de outras legendas.

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