Eduardo Bolsonaro diz que prevê que os EUA não reconhecerão próxima eleição no Brasil

Por Estadão Conteúdo

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou em entrevista à CNN Brasil, nesta quarta-feira, 19, que prevê que os Estados Unidos não reconhecerão a próxima eleição presidencial no Brasil, caso a Justiça impeça a participação da oposição no pleito de 2026. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está inelegível até 2030 por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Eu consigo prever, espero que eu esteja errado, mas eu consigo prever perfeitamente os Estados Unidos não reconhecendo uma eleição brasileira. E aí colocaria o Brasil sim, o País inteiro, passível de sanções internacionais. Finalizo, os Estados Unidos, por vezes quando ele aplica essas sanções, ele é, no momento seguinte, acompanhado por União Europeia, por Canadá e outros países pelo mundo. Espero que isso não ocorra", disse.

Segundo Eduardo Bolsonaro, "não há democracia onde não exista a plena participação da oposição".

"Se forem umas eleições onde você tira o líder das pesquisas, o favorito para ganhar a eleição, se você leva ele a julgamento, a toque de caixa, sem direito a ampla defesa, onde os advogados dele não tiveram acesso completo a todos os dados da investigação, dentre outras irregularidades ocorridas dentro desse processo, não dá para dizer que isso é democracia", afirmou em referência ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.

O parlamentar afirmou ainda que cogita deixar o mandato de maneira definitiva, após o período de licença que pretende tirar da Câmara. O filho do ex-presidente anunciou o afastamento temporário do cargo, mas ainda não enviou o pedido à Mesa Diretora da Casa.

"Sim, positivo. Cogito. Eu só vou ter tranquilidade de voltar ao Brasil quando Alexandre de Moraes não for mais ministro da Suprema Corte ou estiver sendo posto no devido lugar dele. Fora isso, não tenho a possibilidade de voltar ao Brasil", afirmou o deputado em entrevista à CNN Brasil, ao ser questionado se poderia deixar o mandato definitivamente.

Eduardo Bolsonaro afirmou nas redes sociais que é alvo de perseguição e criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a Polícia Federal (PF).

De acordo com o Regimento Interno da Câmara, parlamentares podem se licenciar, por tratamento de saúde, missões diplomáticas ou interesse particular. Quando o afastamento ocorre por interesse particular, como no caso de Eduardo, a licença é concedida sem remuneração. A legislação prevê que um deputado pode se afastar sem recebimento de salário por até 120 dias.

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