Em entrevista ao BandNews TV, o diretor de teatro Jorge Farjalla comentou sobre o importante legado que Zé Celso deixou: “É uma grande perda para a nossa cultura. Eu me sinto órfão. ” O dramaturgo morreu aos 86 anos nesta quinta-feira (6), em decorrência de um incêndio que atingiu a residência do artista na última terça-feira (4), em São Paulo.
“É um legado de arte, de vida, de poesia. Ele escolheu o teatro como um caminho. Todos que fazem arte no Brasil, todos nós somos filhos do Zé Celso. Muito triste, é irreparável”, disse Farjalla, emocionado.
O dramaturgo Zé Celso era um dos líderes do Teatro Oficina, sede da companhia de teatro homônima de São Paulo, e uma das mais longevas companhias de teatro no Brasil.
Jorge Farjalla também comentou sobre a importância do Zé Celso no Teatro Oficina: “O Oficina é o Zé, e o Zé é o Oficina. O Oficina continua porque o teatro é vida, porque para o Zé, o teatro é celebração. Senti falta do Zé no Oficina”, disse.
“O Zé é essa celebração, a arte, ele não era mais só teatro, ele estava além, ele é além. De fato, o Zé era uma pessoa que comunga a arte”, completou.
O dramaturgo deixa um marido, Marcello Drummond, com quem se casou há pouco mais de um mês. Marcello, outros três amigos de Zé Celso e um cão de estimação do casal também estavam no apartamento que pegou fogo.
Pelas redes sociais, o presidente Lula homenageou o dramaturgo Zé Celso. O político destacou a história do dramaturgo, afirmando que Zé sempre defendeu a democracia e que o ator deixa um imenso legado.