As cidades do sul da Bahia e do norte de Minas Gerais atingidas pelas chuvas terão pela frente um grande trabalho de reconstrução.
Além de deixar milhares de desabrigados, os temporais causaram a destruição de vias e impactaram as atividades econômicas.
Depois de visitar as áreas mais afetadas, no fim de semana, o ministro da Cidadania, João Roma, descreveu o cenário, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
“Foram de fato muitas casas destruídas, estradas, pontes, barragens que foram também rompidas, a população que perdeu tudo, do colchão ao fogão. Comerciantes perderam seus estoques e muito lixo acumulado, que foi percebido quando baixou o nível das águas, nessas localidades. Então de fato é um trabalho muito grande que as prefeituras precisam desenvolver. É um momento de muita cooperação que estamos procurando fazer no sul da Bahia e no norte de Minas”, disse Roma.
Só no Estado da Bahia, são 14 mortes confirmadas, e pelo menos 51 municípios já decretaram situação de emergência.
Nesta terça-feira (21), deve chegar ao sul do Estado o comboio da Marinha que está transportando 20 toneladas de donativos.
São alimentos, roupas, material de higiene pessoal e limpeza, entre outros itens, arrecadados em Salvador.
Segundo o ministro João Roma, o poder público precisa atuar conjuntamente, sem permitir que disputas políticas atrapalhem a ajuda às vítimas.
“Muitos municípios em estado de calamidade, a população pede socorro e quem pede socorro não quer saber de onde está vindo a ajuda. Este é um momento de cooperação, e não de disputa político-eleitoral, onde todos têm que se unir para minimizar o sofrimento da população e poder fazer que a situação volte o quanto antes a normalidade”, disse.
Nos vales do Jequitinhonha e do Mucuri, em Minas, 29 cidades que já estavam em estado de emergência por causa da seca agora sofrem com os efeitos da chuva.