No 238º dia da guerra em Gaza, um novo plano de cessar-fogo e libertação de reféns foi apresentado pelo presidente Biden, com algumas pequenas diferenças dos anteriores. Teria três fases.
A primeira, com duração de seis semanas, incluiria um cessar fogo total, a retirada das tropas israelenses de todas as áreas povoadas de Gaza, a libertação de reféns mulheres, idosos, crianças e feridos, em troca de centenas de prisioneiros palestinos”.
“É hora desta guerra acabar”, dizia o presidente Joe Biden na Casa Branca, em Washington, enquanto tropas israelenses avançavam no centro e sul de Rafah, e o Hezbollah disparava uma barragem de 15 mísseis contra o norte de Israel.
Na segunda fase, os reféns israelenses restantes, incluindo soldados do sexo masculino, seriam libertados, com a retirada de Israel de Gaza – e, se mantido, o cessar-fogo se tornaria uma “permanente cessação de hostilidades”, na linguagem dos negociadores israelenses, que o Hamas quer substituir por uma frase que deixe claro o fim da guerra.
A terceira fase será um grande plano de reconstrução de Gaza e a repatriação de reféns mortos para suas famílias. O significativo, neste novo plano é o empenho do presidente Biden.
Ao apresentá-lo, aproveitando a multidão de repórteres reunida para ouvir seus primeiros comentários sobre a condenação de Donald Trump, ele repetiu: “Não se pode perder este momento, uma guerra indefinida em busca de uma noção não identificada de vitória total, drenando os recursos econômicos, militares e humanos, ao preço do isolamento de Israel no mundo. ” E acrescentou: “O Hamas tem que acabar a guerra que começou”.
O presidente Biden acenou para um futuro em que Arábia Saudita e Israel terão relações de paz, e Gaza será reconstruída.
Os ministros religiosos de extrema direita não perderam tempo em ameaçar a debandada do governo, se o plano for aprovado, o que deixaria a atual coligação sem maioria no Parlamento.
Do Hamas, uma hora depois de divulgado o plano, não se ouviu nenhuma reação. Nos últimos dias, porém, vídeo e áudio de reféns foram divulgados para aumentar a pressão dos seus familiares sobre Netanyahu, num momento em que as tropas israelenses estão sobre lutando contra os dois últimos dos 24 batalhões do Hamas.