De todos os ministros anunciados por Lula, 6 são mulheres, sem Tebet nem Marina

Band lista o perfil das seis mulheres já anunciadas por Lula até esta quinta-feira (22), a exemplo de Margareth Menezes e Anielle Franco

Por Édrian Santos

Seis mulheres já foram anunciadas por Lula como ministras
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dos 16 ministros anunciados, nesta quinta-feira (22), pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seis são mulheres. Nomes bastante cotados, Simone Tebet (MDB), apoiadora do petista no segundo turno após ficar em terceiro lugar nas eleições, e Marina Silva (Rede), que abriu mão das divergências com o PT, ainda não foram anunciados.

O nome de Margareth Menezes para o Ministério da Cultura está confirmado desde a semana passada, mas só foi anunciado, oficialmente, hoje. Outro destaque é Anielle Franco para o Ministério da Igualdade Racial, irmã da vereadora Marielle Franco (Psol), executada em março de 2018. O motorista da parlamentar, Anderson Gomes, também morreu.

Quem são as ministras?

Entre nomes aguardados e surpresas anunciadas, nesta matéria, a Band informa um pouco do currículo das futuras ministras que formarão o governo chefiado por Lula, a partir de 1º de janeiro de 2023. Veja abaixo!

Margareth Menezes (Cultura)

O que antes tinha status de ministério, atualmente, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), funciona como Secretaria Espacial da Cultura. A cantora Margareth Menezes, segundo a equipe de transição de Lula, terá o papel de reestruturar o setor. Em meio a isso, estão as polêmicas envolvendo a Lei Rouanet.

De Salvador, além de cantora e dona do hit “Faraó”, Margareth é fundadora da Associação Fábrica Cultural, que combate o trabalho infantil, exploração sexual e violações de direitos. Além disso, dirige uma agência de produção cultural na Bahia e é embaixadora do Mercado Iaô-Unesco, que fomenta e preserva a produção cultural.

Em 2004, fundou a Associação Fábrica Cultural, destinada a combater o trabalho infantil, exploração sexual e violações de direitos. Margareth também dirige o Mercado Iaô, que fomenta e preserva a produção cultural. 

Em 2022, Margareth foi eleita uma das pessoas mais influentes do mundo lista Most Influential People of African Descent.

Anielle Franco (Igualdade Racial)

Filiada ao Psol, Anielle Franco comandará o Ministério da Integração Racial. Militante do movimento negro e das mulheres, a irmã de Marielle Franco é atuante na cobrança por respostas acerca do crime que chocou o Brasil em 2018. 

Anielle Franco é educadora, jornalista e ativista dos direitos humanos. Nascida no Complexo da Maré, comunidade pobre do Rio de Janeiro, ela é bacharel em jornalismo e inglês pela Universidade da Carolina do Norte, além de ter mestrado, nas mesmas áreas, pela Universidade da Flórida A&M. A futura ministra também é mestranda em relações étnico-raciais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Luciana Santos (Ciência e Tecnologia)

A atual vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB), comandará o Ministério da Ciência e Tecnologia. Ex-deputada federal, ela também é presidente nacional do PCdoB, um dos partidos mais alinhados ao PT. 

Luciana é formada em engenharia. A carreira política teve início nos movimentos estudantis. Além dos cargos no legislativo estadual e federal, a pernambucana já foi prefeita de Olinda, importante cidade da Grande Recife, por dois mandatos.

Aparecida Gonçalves (Mulheres)

Aparecida Gonçalves já teve destaque em cargos importantes para mulheres nos governos do Lula e Dilma Rousseff, quando chefiou a Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Futura chefe do Ministério da Mulher, ela é especialista em gênero e violência contra a mulher.

Também conhecida como Cida, a futura ministra atuou na equipe de transição de Lula e, atualmente, presta consultoria sobre igualdade de gênero e combate à violência contra mulheres. Ela também é militante feminista.

Nisia Trindade (Saúde)

O Ministério da Saúde será comandado por Nisia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde 2017. Ela também integra a equipe de transição para o tema.

Nisia será a primeira mulher ministra da Saúde do Brasil. Sob a liderança dela, a Fiocruz teve papel essencial no enfrentamento à covid-19. Na gestão, o órgão criou o “Observatório da Covid-19”, iniciativa com finalidade de divulgar informações essenciais sobre a pandemia.

Esther Dweck (Gestão e Inovação)

Professora de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Esther Dweck comandará uma pasta, o Ministério da Gestão e Inovação. No primeiro mandato da então presidente Dilma, ela foi chefe da assessoria econômica do Ministério de Planejamento e Gestão. 

Entre 2015 e 2016, Dweck atuou como secretária de Orçamento Federal. A futura ministra também defende uma reforma tributária que pese mais sobre os mais ricos.

Veja os 16 ministros anunciados

Além das mulheres, outro destaque do anúncio de hoje foi a escolha vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, para o Ministério da Indústria e Comércio. O senador eleito Wellington Dias, ex-governador do Piauí, será ministro do Desenvolvimento Social. Veja a lista completa abaixo!

  • Secretaria-Geral da Presidência – Márcio Macedo (PT)
  • Relações Institucionais – Alexandre Padilha (PT)
  • Advocacia-Geral da União (AGU) – Jorge Messias 
  • Ministério da Ciência e Tecnologia – Luciana Santos (PCdoB)
  • Ministério da Cultura – Margareth Menezes
  • Ministério do Desenvolvimento Social – Wellington Dias (PT-PI)
  • Ministério do Trabalho – Luiz Marinho (PT-SP)
  • Ministério da Indústria e Comércio – Geraldo Alckmin (PSB-SP)
  • Ministério da Educação – Camilo Santana (PT)
  • Ministério da Igualdade Racial – Anielle Franco (PSOL-SP)
  • Ministério da Saúde – Nisia Trindade 
  • Ministério das Mulheres – Aparecida Gonçalves
  • Ministério de Portos e Aeroportos – Márcio França (PSB-SP)
  • Ministério dos Direitos Humanos – Silvio Almeida
  • Ministério da Gestão e Inovação – Esther Dweck
  • Controladoria-Geral da União – Vinicius Carvalho

5 primeiros anúncios

Há cerca de duas semanas, Lula anunciou os cinco primeiros ministros. Fernando Haddad (PT) foi indicado para o Ministério da Fazenda. Flávio Dino (PSB) fica com a Justiça e Segurança Pública. Na sequência, Rui Costa (PT) com a Casa Civil, José Múcio Monteiro com a Defesa e Mauro Vieira com as Relações Exteriores.

O governo de Lula será formado por 37 ministérios, conforme lista divulgada hoje durante os anúncios da nova equipe de gestão.

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