O governador João Doria pode viajar à China para negociar a liberação de insumos para a fabricação da Coronavac. As informações são da repórter Maira Di Giaimo, da Rádio Bandeirantes.
A afirmação foi feita pelo secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, em entrevista à Rádio Bandeirantes. O Instituto Butantan já envasou 4,8 milhões de unidades da vacina, mas desde domingo, 17, as máquinas estão paradas à espera de mais matéria-prima.
A expectativa é receber insumos para a produção de 10 milhões de doses até o fim do mês. O laboratório Sinovac já tem lotes prontos para a entrega, mas as autoridades chinesas ainda não deram o aval para a exportação.
Sem os insumos, a vacinação contra a Covid-19 no Brasil pode parar no fim do mês; segundo Jean Gorinchteyn, é preciso resolver rapidamente a situação.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, cobra uma atitude do governo federal em relação à negociação com a China.
O Planalto avalia nomes para negociar a liberação dos insumos com os chineses; entre os cotados está a ministra da Agricultura.
Tereza Cristina tem uma boa relação com o país asiático, principal comprador do agronegócio brasileiro.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, tomou a iniciativa e vai se reunir nesta quarta-feira com o embaixador da China no Brasil para tentar resolver a questão.
A Organização Mundial de Saúde também atua no caso, diz a diretora-geral da OMS, Mariângela Simão, entrevistada por José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária já terminou a triagem dos documentos referentes ao segundo pedido de uso emergencial feito pelo Butantan. A solicitação diz respeito às 4 milhões e 800 mil doses produzidas no Brasil.
De acordo com a Anvisa, a resposta ao pedido deve sair entre o fim desta semana e o início da próxima.