O governador João Doria (PSDB) participou de uma coletiva de imprensa neste domingo, 17, após a vacinação da primeira brasileira – uma enfermeira negra, mulher, de 54 anos, moradora de Itaquera – para falar sobre o plano de imunização para o estado de São Paulo. Durante a entrevista, o governante fez um apelo para o Ministério da Saúde.
“Eu espero que o comportamento do Ministério da Saúde seja pela vida e peço também que pare de distribuir e recomendar o uso da cloroquina. É criminoso fazer crer a população, sobre tudo a mais desvalida, mais simples e mais humilde, que a cloroquina salva. A cloroquina não salva e em alguns casos cloroquina mata”, disse.
“Parem de fazer isso, parem de insistir nessa tese. Trabalhem pela vida, pela vacinação, pela proteção dos brasileiros. As vacinas do Butantan não são apenas do povo de São Paulo, é a vacina do Brasil. Nós somos parte do Brasil e nos vamos defender o Brasil. O Brasil real, não o Brasil da mentira, da ficção, não o Brasil da ideologia e do extremismo”, completou.
Doria também criticou a disseminação de notícias falsas. “É inimaginável e eu repudio os ‘fakistas’ do gabinete do ódio, espalhando que nós fizemos a vacina apenas para São Paulo. Fizemos a vacina desde o início para todo o Brasil e para todos os brasileiros”, afirmou.
‘Nós não governamos para dividir, nós governamos para integrar, para somar. Não apostamos na guerra e não gostamos do cheiro de pólvora. Queremos a paz, o entendimento, a integração, o diálogo e o respeito pela ciência, pela medicina e pela vida. Hoje, conforme já falamos, começam a ser vacinados médicos e enfermeiros do Hospital das Clínicas”, completou.
A primeira pessoa a receber a vacina foi Mônica Calanzas, uma enfermeira negra, de 54 anos, que mora em Itaquera, zona leste de São Paulo. A profissional do Instituto Emílio Ribas foi selecionada pelo Governo do Estado para receber a vacina por estar no grupo de risco da doença.