Em entrevista à BandNews TV nesta sexta-feira (19), o governador de São Paulo João Doria não descartou a possibilidade de um lockdown no Estado, caso seja recomendado pelas autoridades sanitárias de sua gestão. Contudo, ele disse ver “melhoras sensíveis” nos índices de infecção e aumento do isolamento social. Por isso, vai esperar completar uma semana da adoção da "fase emergencial", que será na próxima segunda (22), para ter esses índices consolidados e debater ações para combater a pandemia. A fase está prevista pelo menos até 30 de março.
“Não posso dizer que algo não ocorrerá se o centro de contingência nos orientar. O que posso e devo, como porta-voz do governo, é pedir que as pessoas respeitem as orientações dessa fase emergencial do Plano São Paulo permanecendo em casa”, disse. O governador é pressionado por vários prefeitos para adotar restrições mais duras.
Após a adoção do megaferiado pela prefeitura de São Paulo para a próxima semana, Doria não teme que o vírus se espalhe após a adoção de restrições com prefeitos de várias cidades para tentar impedir que as pessoas viajem nesse período entre 26 de março e 4 de abril. Ele reiterou o pedido para que as pessoas permaneçam em suas casas durante esse período.
O governador garante que já está em harmonia com o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, e que não há mais divergência entre eles. Os dois trocaram farpas após o anúncio de seu ex-vice de medidas restritivas na capital, criticadas por Doria. O prefeito rebateu dizendo que “O senso que falta é o senso de urgência”.
“Primeiro, não há divergência, e nem é uma questão partidária, é uma questão humanitária. Nós temos que estar integrados para proteger vidas. Eu me dou muito bem com o prefeito Bruno Covas, tenho enorme respeito por ele e ele tem também por nós. A objeção que fiz é que poderíamos ter compartilhado essa informação com maior antecedência, já que uma medida dessa afeta não apenas a capital, afeta a região metropolitana o litoral e também as cidades serranas. Mas já nos colocamos em harmonia”, garantiu.
Doria também disse que conversado com prefeitos do litoral, dizendo que a maioria das cidades da região fecharão as praias e calçadões para desencorajar a circulação de pessoas para tentar barrar a alta de casos e mortes no Estado.
“Não é para cercear e limitar, é para proteger as pessoas para evitar que elas sejam contaminadas com o vírus”, garantiu.
De acordo com o governo, a taxa de ocupação de UTIs no Estado nesta sexta é de 91,4%, e de 91,6 % na capital.
Vacinação em SP
Doria exaltou a antecipação de vacinação para idosos a partir de 69 anos em 27 do março e garantiu que a produção da primeira parte do lote da Coronavac produzido no Instituto Butantan contratado pelo Ministério da Saúde está dentro dos prazos.
Já para a entrega da segunda parte da carga de imunizantes, de 54 milhões de doses, entre maio e agosto, ainda depende da chegada do ingrediante farmacêutico ativo da China. Porém, que o envio segue programado normalmente.