Doria diz que insumos da China para fabricar vacina devem chegar até 10 de fevereiro

Da Redação, com BandNews FM e Jornal da Band

A carga deve chegar ao Brasil até o dia 10 de fevereiro Divulgação/Flickr Governo do Estado de SP
A carga deve chegar ao Brasil até o dia 10 de fevereiro
Divulgação/Flickr Governo do Estado de SP

O governador João Doria anunciou, nesta segunda-feira (1), a liberação pelo governo chinês de uma nova carga de 5,4 mil litros de insumos para a fabricação da CoronaVac.

A carga deve chegar ao Brasil até o dia 10 de fevereiro. Com essa quantidade de insumos, é possível se produzir até 8,7 milhões de doses novas pelo Instituto Butantan.

Até março, devem ser entregues um total de 17,3 milhões de novas doses. A expectativa é liberar para o Ministério da Saúde 600 mil doses por dia a partir de 25 de fevereiro.

Um novo carregamento com mais 8 mil litros de insumos também está em negociação com a China. A previsão é ter as 46 milhões de doses encomendadas da Sinovac até abril. O Governo Federal já confirmou a compra de 54 milhões de unidades adicionais.

O Governo de São Paulo voltou a pedir para o Ministério da Saúde autorizar o uso das vacinas reservadas para a segunda dose. Assim, os idosos poderão ser imunizados mais rapidamente. Se o Governo Federal não autorizar o uso da segunda dose, o governador Joao Doria disse que irá contrariar a decisão da Saúde.

Vacinação pelo Brasil

O Ministério da Saúde prometeu até 14 milhões de doses da vacina de Oxford até o fim do mês, por meio do consórcio com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Governadores solicitaram reunião com o embaixador da China para discutir o fornecimento de insumos para vacinas. Ao ministro da Saúde, eles pedem o cronograma de entrega dos imunizantes e cobram informações sobre contratos com o fabricante do imunizante russo Sputnik, que Jair Bolsonaro prometeu comprar, se for aprovado pela Anvisa. Mas a agência alega que faltam dados sobre a produção e ainda analisa o pedido de estudos no Brasil.

A Sputnik é vista como boa solução para o país, porque o principal insumo da vacina também pode ser produzido no Brasil, mas as negociações não avançaram. O Ministério da Saúde também negocia com a Janssen (parte farmacêutica da Johnson & Johnson), que está na fase 3 de testes e deve pedir o uso emergencial em diversos países em breve. Um deles pode ser o Brasil, mas ainda não há data, nem confirmação.

No último sábado (30), o Ministério da Saúde anunciou que vai receber entre 10 e 14 milhões de doses da vacina de Oxford fornecidas pelo consórcio da organização mundial de saúde, até o fim do mês.

Mas o jornalista Jamil Chade, colunista da BandNews TV, teve acesso ao documento da OMS e revelou que a maior parte da remessa vai demorar.

“A carta diz isso, mas com ressalvas. Primeira delas: Sim, a partir de fevereiro, só que entre fevereiro e março, esse volume vai ser extremamente reduzido, apenas 25% desse total será entregue. Só a partir de abril, na verdade, entre abril, maio, junho que o Brasil vai receber 75% desse total.", detalha o jornalista.

O Ministério da Saúde também espera ter até esta quarta-feira (3) o cronograma de entrega de mais 54 milhões de doses da CoronaVac para concluir o contrato que vai ser assinado na sexta-feira (5). 

Em 8 de fevereiro, outras 10 milhões de doses prontas da vacina de Oxford chegam da Índia. Até agora, mais de 2 milhões de pessoas já foram imunizadas no Brasil.

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