Doria diz que governo estadual impedirá bloqueio de rodovias em São Paulo

Segundo o governador, a Polícia Militar está orientada a intervir e garantir a liberação do trânsito; "Direito de ir e vir deve ser respeita", afirmou

Da Redação, com Rádio Bandeirantes e BandNews TV

O governador de São Paulo, João Doria, afirmou nesta quarta-feira (09) que o governo estadual vai reagir a qualquer movimento de bloqueio de rodovias, provocado por caminhoneiros bolsonaristas

“Qualquer movimento que bloqueie estradas ou avenidas e ruas em municípios é inconstitucional e terá a reação imediata do governo do Estado de São Paulo”, afirmou em entrevista exclusiva ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.

Segundo o governador, a Polícia Militar está orientada a intervir e garantir a liberação do trânsito. Há pelo menos 21 estradas sendo monitoradas desde o início da manhã desta quarta-feira (09). 

Até o momento, em nenhuma houve interdição total das pistas.

Doria afirmou que o direito constitucional de ir e vir deve ser respeitado em qualquer manifestação. “Protestos são democráticos desde que não impeçam o direito de ir e vir. Desde que não bloqueiem estradas e o acesso a quem quer que seja. O direito de ir e vir está previsto na democracia e deve ser respeitado”, afirmou.

“Protestar é possível. Nós assistimos a protestos no dia 7 de Setembro em São Paulo, pró e contra Bolsonaro, sem nenhuma intercorrência. Não houve fato que pudesse destoar de um movimento democrático, exceto as palavras do presidente Jair Bolsonaro, confrontando a democracia e o estado democrático de direito".

Doria lembrou ainda que não houve registro de violência ou impedimento ao direito de ir e vir no 7 de setembro, quando atos pró e contra o presidente foram realizados no país. “Ainda que eu descorde das manifestações pró-Bolsonaro, entendo que elas têm legitimidade democrática”, destacou.

Vídeo: "Brasil vive um momento difícil e complexo", diz Doria

A principal reivindicação dos caminhoneiros é o aumento no preço diesel. A categoria cobra uma redução da carga tributária, o que, na avaliação do governador de São Paulo, não é suficiente para evitar aumentos constantes no preço do combustível no país. A solução, para João Doria, é a privatização da Petrobras.

“Enquanto a Petrobras existir como estatal, não haverá competição de mercado. Sem competição o que regula o preço dos combustíveis depende de decisões de uma única instituição, que detém um monopólio no Brasil”, afirmou. "Não é ICMS dos estados ou decisão do presidente A ou B. A Petrobras tem que ser privatizada".

João Doria também falou sobre 2022. Para o governador de São Paulo, a consolidação de uma terceira via capaz de combater a polarização entre Bolsonaro e Lula só será feita no ano que vem.

"A cristalização e evolução para a chamada terceira via vai se fazer ao longo dos próximos meses e será materializada no primeiro trimestre do ano que vem. Não é um processo rápido, mesmo diante das ameaças democráticas feitas por Jair Bolsonaro".

Vídeo: “52% da população brasileira não quer Lula e nem Bolsonaro”, diz Doria

Museu do Ipiranga

Ao citar o andamento das obras de recuperação do Museu do Ipiranga, João Doria lembrou do jornalista José Paulo de Andrade.

"O Zé Paulo foi um grande defensor da recuperação do nosso Museu. No dia da recuperação farei uma menção a isso. Ouvi dezenas de vezes ele falando sobre isso. O Museu está sendo integralmente recuperado com investimento privado e o Instituto Band desde o início tem apoiado a iniciativa. Um esforço do Grupo Bandeirantes, de João Carlos Saad, e pessoas que defendem a cultura, a memória de um povo e a democracia".

O Museu do Ipiranga será reaberto ao público em 7 de setembro de 2022, data em que o Brasil comemora o bicentenário da Independência. Cerca de 70% das obras já foram concluídas.

Vídeo: Veja a entrevista completa de João Doria

Tópicos relacionados

Mais notícias

Carregar mais