Dólar tem alta leve à espera de pacote fiscal e dados dos EUA
O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que Haddad deve discutir o pacote com líderes e o presidente da Câmara hoje e que, até a manhã desta quinta-feira, deve conversar também com os líderes e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Segundo ele, a definição sobre mudanças no Fundeb no corte de gastos depende dessas conversas.
O senador e líder do governo, Otto Alencar, disse que estão pendentes a reforma tributária, o PLDO e a LOA, mas é possível um "esforço" para aprovar as medidas fiscais ainda este ano. A proposta de mudança na Previdência dos militares é insuficiente, diz o Centro de Liderança Pública (CLP).
Lá fora, os investidores estão na expectativa pela forte agenda de dados dos EUA, em especial a segunda leitura do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre (10h30) e o índice de preços de gastos com consumo (PCE) de outubro - a métrica de inflação preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) (12 horas).
Na abertura, a moeda americana exibiu queda sintonizada com o DXY, mas ganha força ante o real em linha com a valorização frente ao peso mexicano, com apreensões sobre o impacto das tarifas comerciais no futuro governo Trump.
O rublo atingiu o menor nível ante o dólar e contra o euro desde março de 2022. Há temores de que as sanções dos EUA prejudiquem os canais de comércio já restritos da Rússia e de que os desdobramentos da guerra na Ucrânia compliquem negociações de paz.
A volatilidade no câmbio durante a manhã pode refletir ainda a defesa de interesses técnicos e eventual entrada de fluxo comercial, diante da valorização do petróleo e minério de ferro. Na sexta-feira será definida a última Ptax de novembro e é esperada menor liquidez nos próximos dias, com o fechamento dos mercados americanos amanhã pelo feriado de Ação de Graças e com a meia-sessão em Nova York durante a Black Friday.
Os dados do Caged (14h30) também serão monitorados (14h30). A mediana indica desaceleração na criação líquida de empregos, a 200 mil vagas com carteira assinada em outubro, ante 247.818 vagas abertas em setembro.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 1,3 ponto em novembro, a 98,6 pontos, na série com ajuste sazonal. Em médias móveis trimestrais, o indicador acumula queda de 1,0 ponto, atingindo 99,7 pontos.
Às 9h47, o dólar à vista subia 0,24%, a R$ 5,8220. O dólar para dezembro ganhava 0,16%, a R$ 5,8225.