Dois meses após primeiros relatos de gosto e cheiro da água esse ano, ainda há presença de geosmina na água do RJ, confirma Cedae

Apesar da manobra feita há uma semana para trocar a água que chega à casa das pessoas, ouvintes da BandNews FM de várias regiões do Rio de Janeiro continuam recebendo água com qualidade ruim há quase um mês

Da Redação, com BandNews FM e BandNews TV

Dois meses após primeiros relatos de gosto e cheiro da água esse ano, ainda há presença de geosmina na água do RJ, confirma Cedae
Clara Nery/Band TV

Dois meses após os primeiros relatos de gosto e cheiro da água esse ano, ainda há presença de geosmina de acordo com a própria Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). As informações são da Agatha Meirelles, da BandNews FM no BandNews TV

Apesar da manobra feita há uma semana para trocar a água que chega à casa das pessoas, ouvintes da BandNews FM de várias regiões do Rio de Janeiro continuam recebendo água com qualidade ruim há quase um mês. 

Regina Maria, que é moradora do bairro do Grajaú, na zona norte, contou à reportagem que sente gosto de terra na água da casa dela. Além disso, ela explica que o cheiro é mais forte ainda.

Jorge Medeiros também passa pela mesma situação. Ele mora em São Cristóvão e disse que observou, desde a última segunda-feira, que o cheiro e o gosto de terra ficaram mais fortes. 

Um ouvinte, que preferiu não se identificar, explica que possui dois imóveis no bairro de Realengo e que desde janeiro compra água mineral para cozinhar e para consumo pessoal. Ele conta que na hora de escovar os dentes, percebe que o gosto de terra é forte.

No dia 30 de janeiro, um boletim da Cedae apontou maior concentração de geosmina na água tratada do Guandu em 2021. O relatório divulgado apontou ainda que desde o dia 23 do mesmo mês, a água bruta chega ao Guandu com compostos provenientes de matéria orgânica.

Na última semana, a Companhia anunciou a realização de uma manutenção preventiva na Estação de Tratamento do Guandu para renovar a água da lagoa próxima à captação da estação. 

A Cedae informou que a manobra é para evitar o aumento das algas responsáveis pela concentração de geosmina, que vem crescendo nos últimos dias. Alguns bairros, como o de Jacarepaguá, chegaram a sofrer com a falta de abastecimento de água.

Em nota, a Companhia afirma que mantém todas as medidas de prevenção à geosmina, embora ainda haja registro de presença da substância na água, o que, mesmo em baixa concentração, pode alterar o gosto e cheiro. 

A Cedae ainda afirma que, de maneira preventiva, começa a instalar um novo sistema de bombeamento de água do Rio Guandu para a Lagoa Grande. Além disso, a Companhia diz que a ação vai ser combinada à aplicação de carvão ativado na entrada de água na estação.

Como solução definitiva para o problema, de acordo com a Cedae, uma obra de proteção da tomada de água do Guandu já tem data para licitação, que é o dia primeiro de junho. A intervenção prevê a construção de um dique que impede as águas do Rio Ipiranga, Queimados e Poços se misturarem às do Guandu, antes do ponto de captação de água. O investimento é de aproximadamente R$ 132 milhões e deve durar dois anos.

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