Dois anos após os atos antidemocráticos de oito de janeiro, o Supremo Tribunal Federal condenou 371 pessoas das mais de 2 mil investigadas por participar dos atentados aos prédios dos três Poderes. Outras 527 admitiram a prática de crimes menos graves e firmaram acordos com o Ministério Público Federal. Com isso, 898 envolvidos foram responsabilizados.
A maioria dos condenados teve as ações classificadas como graves. 225 pessoas receberam penas de três a 17 anos e seis meses de prisão. Os crimes pelos quais foram condenados são: tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa e deterioração de patrimônio público.
Outras 146 foram condenadas por incitação e associação criminosa, considerados crimes simples. Elas não foram presas, mas devem usar tornozeleira eletrônica por um ano, pagarem multa, prestarem 225 horas de serviços à comunidade e participar de um curso sobre democracia. Elas também estão proibidas de usar redes sociais e de viajar sem autorização judicial.
Os acordos firmados para evitar prisões ocorreram mediante multa, arrecadando mais de R$ 1,7 milhão. Os envolvidos que optaram pelo acordo estão obrigados a prestar 150 horas de serviços comunitários e não podem manter perfis em redes sociais abertas durante o período do acordo.
O STF informou também que 122 pessoas estão foragidas, mas metade já está em processo de extradição. Elas eram monitoradas e saíram do país após romperem a tornozeleira eletrônica.
Atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro
Agência Brasil