A Walt Disney Co entrou na Justiça contra o governador da Flórida, Ron DeSantis, nesta quarta-feira (26). A gigante do entretenimento pede que o tribunal anule os esforços do estado para controlar a região dos parques da Disney World.
A Disney também alega que o governador ameaça os negócios bilionários por pura ‘retaliação política’ e que DeSantis usa ilegalmente o governo para punir uma empresa por expressar uma opinião que deveria ser protegida pela liberdade de expressão.
No caso, a empresa criticou a política de DeSantis que proíbe a discussão em escolas sobre sexualidade e identidade de gênero. Após a crítica, o governador e deputados da Flórida empenham uma campanha e políticas para acabar com a autonomia da região da Disney na Flórida.
Sobre o processo da Disney, o porta-voz do governo, Jeremy Redfern, escreveu que a equipe não tem conhecimento "de nenhum direito legal que uma empresa tenha de operar seu próprio governo ou manter privilégios especiais”.
Segundo Redfern, o processo é “um exemplo da esperança deles de minar a vontade dos eleitores da Flórida e operar fora da lei”.
O conglomerado da Disney cobra impostos e garante serviços públicos essenciais, como coleta de lixo e tratamento de água e esgoto. Agora, o governo da Flórida pretende retomar o controle de toda a região. Um projeto de lei foi levado ao Parlamento estadual, no último episódio de uma queda de braço entre o governador Ron DeSantis, do Partido Republicano, e a Disney.
A cruzada contra a Disney é mais uma ação liderada por DeSantis, visto como potencial candidato à presidência, nas eleições do ano que vem. A empresa, que emprega mais de 75 mil pessoas na Flórida, já admitiu que a lei deve levar a demissão de funcionários.