Depois de ficar em silêncio no depoimento de terça-feira (13), a diretora executiva da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, foi ouvida nessa quarta-feira (14) pelos senadores que fazem parte da CPI da Pandemia.
Na sessão, ela negou que a empresa tenha feito uma oferta de 10 dólares por dose da vacina indiana Covaxin, contrariando documentos enviados pelo Ministério da Saúde à comissão, que mostram que o contrato assinado pelo governo tinha como preço 15 dólares por dose.
Por isso, afirmou aos senadores que a memória de reunião divulgada pelo Ministério é mentirosa.
Disse também que o ex-ministro Eduardo Pazuello não participou das negociações e que foram feitas reuniões com o então secretário Elcio Franco.
Além disso, afirmou também todos os depoentes se "confundiram" ao informar a data de envio da primeira "invoice, uma espécie de recibo com informações da compra, o que foi contestado pelo vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues.
Apesar dos erros, o senador Marcos Rogério minimizou a situação.
Emanuela afirmou ainda que o contrato de compra da Covaxin começou a ser fiscalizado no dia 4 de março, o que contradiz a fiscal de contratos do Ministério da Saúde, Regina Célia, que, em depoimento para a CPI, afirmou que nenhum fiscal foi designado para este contrato até o dia 22 do mesmo mês.
Segundo ela, a negociação para a compra da Covaxin foi mais rápida que as outras porque a Precisa aceitou todas as condições do Ministério da Saúde.