O diretor geral do Departamento de Ações Socioeducativas do Rio, Márcio de Almeida Rocha, e o corregedor do órgão, Douglas Ultramar Lima, foram exonerados nesta sexta-feira (02), após denúncias de abusos sexuais de adolescentes internas. Outros cinco agentes do Degase foram afastados.
A determinação foi do governador Cláudio Castro, que pediu ainda para que a Polícia Civil apure as denúncias com todo o rigor. A Secretaria de Vitimados informou que vai prestar auxílio às internas.
Segundo os relatos colhidos pela corregedoria do Degase, o agente Edilson Mendes de Araújo teria praticado sexo com uma das adolescentes na sala de leitura embaixo da câmera de segurança, no ponto cego.
A jovem contou que se apaixonou pelo agente, pois ele conversava com ela e a presenteava. Ela ainda disse que tinha planos de apresentá-lo para a família dela quando saísse da unidade.
Outra interna contou que Edilson demonstrou interesse logo quando ela entrou na unidade. A jovem teria feito sexo oral para usar um celular oferecido pelo agente.
Edilson teria se envolvido ainda com uma terceira interna, de apenas 13 anos de idade. A menina afirmou que, ao saber que ele emprestava o telefone em troca de favores sexuais, combinou de fazer sexo oral porque queria usar o celular para matar a saudade da mãe.
Outra jovem foi ouvida e disse que mantinha relações sexuais com outro agente, Alisson Barreto. Ela teria se envolvido emocionalmente com ele e chegou a fixar nas paredes do alojamento os nomes dos dois.
O Ministério Público também investiga o caso. A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio acompanha as investigações.
O sindicato do Degase disse que recebeu com indignação a denúncia e se colocou à disposição da justiça para colaborar na apuração dos fatos.