Dino diz que minuta é 'elo perdido' e espera Torres se apresentar à PF

Ministro da Justiça comentou sobre a minuta encontrada na casa de Anderson Torres e disse que 'o documento configura um elemento fundamental de causa e efeito'

Da redação

Dino comenta minuta e espera apresentação voluntária de Anderson Torres à PF
Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta sexta-feira (13) que vai aguardar a apresentação do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, na sede da Polícia Federal até segunda-feira (16) para que não seja necessário o pedido de extradição. Ele também comentou sobre a minuta encontrada na casa do político. 

Flávio Dino diz que Anderson Torres, tecnicamente, não é considerado foragido pela justiça “porque não houve ainda essa configuração”. Porém, ele menciona que tem algumas horas entre o compromisso de apresentação que foi feito e até a condição de foragido. “A Polícia Federal vai tomar as providências na segunda-feira se não houver a apresentação espontânea que foi anunciada. Vamos aguardar até domingo (15)”. 

Ele diz que existe um procedimento regrado em corporações jurídicas internacionais que envolvem um pedido do governo brasileiro ao governo dos Estados Unidos. Segundo ele, não foi feito contato em relação à possibilidade de extradição de Anderson Torres. “Nós temos uma ordem de prisão e houve um anúncio de apresentação espontânea. Então, nós vamos aguardar para na próxima semana, fazer este contato pelos caminhos da cooperação jurídica e contatos na via diplomática”.

Minuta 

Flávio Dino comentou sobre a minuta encontrada na casa de Anderson Torres para mudar o resultado das eleições. “O documento configura um elemento fundamental de causa e efeito. O documento é um anexo de uma relação de eventos que se inaugurou no dia 30 de outubro até 8 de janeiro. Então, o documento é uma espécie de elo perdido, entre uma sucessão de eventos, mostrando que não são casos isolados e sim que havia um planejamento, o documento materializa isso”. 

“Claro que ele materializa, mas não temos e não podemos ter agora certeza de autoria porque quem diz é o delegado que preside o inquérito e, obviamente, o ministério público e o poder judiciário”, acrescentou. 

Dino afirma que não há dúvida que o documento é relevante na medida que “ele configura melhor compreensão da totalidade dos acontecimentos, ou seja, há uma coerência entre tudo que nós vemos do dia 30 de outubro até 8 de janeiro”. 

De forma administrativa, Dino contou que Andrei Rodrigues decidiu informar os fatos à CGU para que aprecie se o procedimento será efetuado pelo órgão ou pela Polícia Federal, mas “paralelamente à responsabilidade penal há a responsabilidade administrativa que, em tese, pode levar até a perda do cargo”. 

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